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Brasil abre ciclo de LA-2028 com disputa da Liga das Nações



Seleção Brasileira inicia Liga das Nações, primeiro evento do ciclo olímpico de Los Angeles-2028, sem Gabi, com férias prolongadas, mas aposta na experiência de Macris e Roberta e na juventude de veteranas e novatas



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Zé Roberto inicial seu sétimo ciclo olímpico no comando da seleção brasileira feminina de vôlei (Maurício Val/CBV)

A caminhada do vôlei de quadra feminino do Brasil rumo aos Jogos Olímpicos de Los Angeles-2028 começa nesta quarta-feira (4). O técnico Zé Roberto Guimarães inicia seu sétimo ciclo no comando com duas medalhas de ouro (Pequim-2008 e Londres-2012), uma prata (Tóquio-2020) e um bronze (Paris-2024) no currículo. Ele conduziu a seleção brasileira também ao quarto lugar em Atenas-2004 e às quartas de final na Rio-2016. O primeiro desafio é a Liga das Nações de 2025, com a primeira semana acontecendo no Rio de Janeiro. A equipe verde-amarela estreia contra a República Tcheca, às 17h30, sem a capitã Gabi, mas com elenco de levantadoras experientes e demais posições com jovens e novatas.

Ausência de Gabi e levantadoras experientes

Na semana de abertura da Liga das Nações (VNL), o Brasil jogará em casa, no ginásio do Maracanãzinho, no Rio de Janeiro. Os adversários serão, na sequência, República Tcheca, Estados Unidos, Alemanha. O time brasileira entra como favorito na estreia e diante do selecionado alemão. É possível dizer também que a equipe verde-amarela chega com leve superioridade diante de um elenco estadunidense bastante modificado, com apenas a levantadora Jordyn Poulter que esteve na campanha da medalha de prata em Paris-2024 e sem o técnico Karch Kiraly, que deixou o comando.

+Aposte em Brasil x República Tcheca

O maior desafio do Brasil na primeira semana da Liga das Nações será a Itália, atual campeã olímpica. O técnico Júlio Velasco traz ao Rio de Janeiro força máxima, com dez das 13 medalhistas de ouro em Paris-2024. O selecionado italiano contará com estrelas como as opostas Egonu e Antropova, a líbero De Gennaro, a levantadora Orro, a ponteira Sylla e as centrais Danesi e Fahr. Esse é o único duelo que a seleção brasileira entra em desvantage. Sem Gabi, com férias prolongadas após a desgastante temporada de clubes, Zé Roberto aposta na primeira semana na experiência das levantadoras Roberta e Macris.

Chance para novatas com experiência

O Brasil terá na primeira semana quatro jogadoras com duas experiências olímpicas. Macris, escolhida como capitã, Roberta, Ana Cristina e Rosamaria estiveram nas conquistas da prata (Tóquio-2020) e do bronze (Paris-2024). Macris, de 36 anos, é a mais experiente do elenco, seguida de perto por Roberta, que tem 35. Rosamaria surge na sequência, com 31. Apesar de veterana com a camisa da seleção brasileira, Ana Cristina tem apenas 21, com início bastante precoce. Mais três atletas somam experiência olímpica: Diana, 26, Julia Bergmann, 24, e Tainara, 25. As três estiveram na edição da capital francesa.

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O técnico Zé Roberto inicia o ciclo de Los Angeles-2028 com algumas modificações forçadas, já que a central Carol e a líbero Natinha pediram dispensa da temporada de 2025 e a líbero Nyeme engravidou e acabou de ter sua primeira filha. Com isso, ganharam espaço as defensoras Laís, com várias convocações, mas, pela primeira vez, com chances reais de atuar como titular o ano inteiro, e Kika, com sua primeira aparição na seleção adulta. As duas estão com 29 anos, mas podem ser consideradas novatas com a camisa do Brasil.

Jovens pedem passagem

A renovação do elenco pensando em Los Angeles-2028 passa também pela chegada de jovens com potencial. Entre elas estão a líbero Marcelle, 23; as centrais Lorena, 25, Julia Kudiess, 22, e Luzia, 21, e Lanna, 25; as ponteiras Helena, 20, e Aline Segato, 19; e a oposta Jheovana, 24. A oposta Kisy completa o elenco da primeira semana e está com 25. Mesmo com mais experiência que as demais, Kisy ficou fora da Olimpíada de Paris-2024 e também pode ser considerada uma das jovens em busca de espaço, nem que seja de um espaço a ser recuperado.

O problema mais grave do Brasil projetando Los Angeles-2028 e futuros ciclos olímpicos está na posição de levantadora. A função sofre com escassez de atletas com tempo de quadra em seus clubes, nível técnico atual para jogar pela seleção, boa estatura e idade, devido a exigência internacional no quesito altura e pensando em renovação no que tange a faixa etária. Além de Macris e Roberta, Zé Roberto colocou na lista de inscritas da Liga das Nações as jogadoras Giovana (1,75m e 30 anos), Lyara (1,85 e 29 anos), Kenya (1,86m e 24 anos), Marina Sioto (1,83m e 25 anos) e Vivian Lima (1,82m e 25 anos).

Sobre a Liga das Nações 2025

A Liga das Nações chega a sua sétima edição, com sua primeira tendo ocorrido em 2018. Será a estreia com 18 seleções, no entanto segue o mesmo formato das disputas anteriores, com fase de classificação e de playoffs. Na primeira, cada equipe joga 12 partidas, ao longo de três semanas, em sistema de pontos corridos. Em cada semana, são três sedes diferentes com seis equipes em cada. Ao final, os oito melhores times avançam ao mata-mata, em sistema eliminatório, com sede única. O país sede desta etapa tem vaga garantida nas quartas de final, que será em Lodz, na Polônia.

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O Brasil, no naipe feminino, acumula três pódios em sua história, sendo todas as vezes vice-campeão (2019, 2021 e 2022) e duas vezes ficou em quarto lugar (2018 e 2024). Os Estados Unidos são os maiores vencedores, com três conquistas (2018, 2019 e 2021). Em seguida, aparece a Itália com duas (2022 e 2024) e a Turquia tem um título (2023). A VNL chegou ao calendário de seleções adultas entre as mulheres para substituir o antigo Grand Prix, competição que a seleção brasileira ocupava a liderança em conquistas com 12, sendo a última delas em 2017.

+ Confira a tabela da VNL 2025 Feminina

Agenda de jogos do Brasil na primeira fase da Liga das Nações

Primeira semana:

  • 4 de junho (quarta-feira): Brasil x República Tcheca – 17h30 – Rio de Janeiro (Brasil)
  • 5 de junho (quinta-feira): Brasil x Estados Unidos – 21h:00 – Rio de Janeiro (Brasil)
  • 7 de junho (sábado): Brasil x Alemanha – 13h30 – Rio de Janeiro (Brasil)
  • 8 de junho (domingo): Brasil x Itália – 10h00 – Rio de Janeiro (Brasil)

Segunda semana:

  • 18 de junho (quarta-feira): Brasil x Bélgica – 10h00 – Istambul (Turquia)
  • 20 de junho (sexta-feira): Brasil x Canadá – 13h30 – Istambul (Turquia)
  • 21 de junho (sábado): Brasil x República Dominicana – 10h00 – Istambul (Turquia)
  • 22 de junho (domingo): Brasil x Turquia – 13h30 – Istambul (Turquia)

Terceira semana:

  • 9 de julho (quarta-feira): Brasil x Bulgária – 00h00 – Chiba (Japão)
  • 10 de julho (quinta-feira): Brasil x França – 3h30 – Chiba (Japão)
  • 11 de julho (sexta-feira): Brasil x Polônia – 7h20 – Chiba (Japão)
  • 13 de julho (domingo): Brasil x Japão – 7h20 – Chiba (Japão)

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