A paulista Alessandra Oliveira, da classe S5/SB4 (deficiência físico-motora), superou o próprio recorde mundial nos 100m peito em sua última aparição no Campeonato Brasileiro Paralímpico de Natação. Ela completou a prova em 1min41s47, abaixando o tempo que havia registrado no Mundial de Singapura, quando nadou em 1min43s21 e conquistou o título de campeã da prova. Além desta distância, a nadadora natural de São Paulo competiu em mais seis disputas na competição nacional: 50m borboleta, 100m livre, 50m costas, 50m livre, 200m medley e do revezamento 4x50m medley.
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“Eu, de fato, não esperava [o recorde] por ter feito um programa de provas muito grande. Ontem eu nadei quatro provas, então achei que nesta não iria tão bem assim, mas meu técnico, Felipe, falou comigo que o importante era mostrar competitividade e nadar forte em todas as oportunidades que eu tivesse. E eu fiz isso em todas as provas, então esse foi o resultado”, relatou Alessandra Oliveira, diagnosticada com vasculite aos três anos de idade. No Campeonato Mundial de Singapura de 2025, ela ganhou o ouro nos 100m peito e no revezamento 4x50m medley 20 pontos.
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Domingo com mais recordes
Alessandra Oliveira não foi a única que obteve recorde neste domingo. Também representando a AAF Naurú, equipe campeã do Brasileiro, a fluminense Lídia Cruz celebrou recorde das Américas na última disputa individual do dia: os 150m medley da classe S4 (comprometimento físico-motor), vencidos em 2min56s46. O tempo anterior, que também lhe pertencia, havia sido alcançado nos Jogos Paralímpicos de Paris 2024, com 2min57s16.
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O último dia do Brasileiro também teve a presença de diversos medalhistas do Mundial de Singapura, principal torneio da temporada, que encerra o calendário de 2025. O mineiro Gabriel Araújo, o Gabrielzinho, classe S2 (limitações físico-motoras), nadou os 200m livre (4min15s85), 150m medley (3min36s40) e 100m costas (2min04s90). Já o paulista Samuel Oliveira, também do Praia Clube, de Uberlândia (MG), concluiu participação nas provas de 200m livre (3min02s67) e 100m peito (1min34s30).
Bicampeonato
O Brasileiro acabou neste domingo com o triunfo da Associação Atlética Ferroviária de Botucatu (AAF), em parceria com a Naurú, de São Paulo. O evento, organizado pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), teve início na sexta-feira (5), no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo, e reuniu 284 atletas. Este é o segundo ano seguido que a AAF Naurú ganha a competição nacional. A equipe paulista somou 1.578,25 pontos, enquanto o Praia Clube, vice-campeão, fez 1.090,00. Por fim, o Vasco da Gama integrou o pódio com o terceiro lugar, com 572,75. A composição repete o resultado da edição 2024.
Anteriormente, nos anos de 2022 e 2023, o clube mineiro, de Uberlândia, foi quem ganhou os títulos. “Estamos muito felizes com o novo título. São muitas mãos que trabalham para que o esporte seja um instrumento de transformação na vida das pessoas. As quebras de recordes e medalhas são só a ponta do iceberg do que fazemos, mas existe uma engrenagem por trás”, comemorou Antônio Cândido (conhecido como Maceió), responsável pela natação na AAF Naurú. A equipe campeã foi representada por 47 atletas, que juntos somaram 127 medalhas para o clube (51 de ouro, 49 de prata e 27 de bronze).
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