Bicampeãs da Superliga pelo Osasco São Cristóvão Saúde, Natália e Camila Brait se conhecem desde antes de se tornarem profissionais. A relação de amizade entre elas começou em 2006. Na ocasião, as duas estiveram juntas representando o Brasil nas categorias de base. Elas conquistaram o título da principal campeonato brasileiro pela primeira vez em 2009/10. O segundo aconteceu na quinta-feira (1/5) no triunfo por 3 sets a 1 diante do Sesi Bauru. E ambos os troféus foram ganhos no mesmo palco, o ginásio do Ibirapuera. Cobiçada no mercado, Natália escutou de mais de 10 mil pessoas o grito “Fica, Natália”, incentivado por sua grande amiga defensora.
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O apelo dos torcedores que estiveram no Ibirapuera podem interferir na decisão de Natália? Ela foi questionada sobre isso e respondeu ao Olimpíada Todo Dia (OTD). “Eu não sou muito influenciável, não, vou te falar. Mas, enfim, foi o que eu falei. Eu quero agora descansar, quero aproveitar, comemorar esses títulos, essa temporada. O futuro à Deus pertence realmente. Lógico que tem algumas coisas já em vista, obviamente, mas vamos ver. A temporada não é fácil, eu falo, é pesado emocionalmente, fisicamente. Então, depende. Eu não vou falar que sim nem que não, mas vou deixar para Deus decidir meu futuro”, afirmou Natália.
Parceria retomada após 13 anos
A última vez que Natália e Camila Brait tinham atuado juntas por clubes antes da temporada 2024/25 foi no ginásio do Mineirinho, decisão da Superliga 2010/11. As duas deixaram o local com a medalha de prata depois de revés contra o Rio de Janeiro, comandado pelo técnico Bernardinho, o então denominado Unilever. Deste jogo até a estreia neste ano com três títulos, as duas ficaram 13 temporadas distantes. No Brasil, a ponteira teve passagens por Amil/Campinas, Unilever/Rio de Janeiro e Camponesa/Minas. Na Turquia, ela jogou por Fenerbahçe e Eczacibasi. Além disso, atuou no Dínamo Moscou, da Rússia, e Scandicci, da Itália.
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“Eu conheço a Brait desde 2006, quando a gente pegou seleção de base junto. E, desde lá, nós somos amigas. Ela é uma irmã. A gente brinca que só não divide marido, porque até calcinha divide de vez em quando. Ela foi um dos motivos para eu voltar ao Osasco. A gente tinha o sonho de jogar junto ainda antes da aposentar. E não poderia ser melhor do que fechar a temporada com uma tríplice coroa, com três campeonatos, três finais e três títulos. Ainda mais do lado da minha irmã. Eu sou fã dela. Até pensei: ‘tem algo especial aí guardado para a gente’. E o caminho não foi fácil, passar pelo Minas na semi não foi fácil. Mas a gente queria muito estar aqui”, disse Natália ao OTD.
“Estou com 100% de aproveitamento e continuo assim. Estou feliz demais. E, assim, como você falou, no meio do set, no meio do jogo, obviamente, com todo o mérito do Sesi Bauru também, não dá para ser 100% durante o jogo. Logicamente, tem os momentos ali que a gente tem os altos e baixos, mas eu tento manter a lucidez, tento manter a coragem, não pensar em muita coisa, só em realmente ajudar o time. Então, na hora que precisou, ainda bem que eu consegui responder”, concluiu Natália.
Brait sobre permanência de Natália: ‘esperança é a última que morre’
Ao contrário de Natália, Camila Brait nunca saiu do Osasco desde que chegou. Ela foi contratada pelo técnico Luizomar de Moura para ser titular da tradicional equipe na temporada 2008/09. “Só Deus sabe a minha alegria e a importância dessa Superliga para mim, para o grupo todo. Quem acompanha sabe da minha amizade com a Nati. Desde o momento que soube que a final ia ser no Ibirapuera, eu liguei para ela e falei: ‘caraca, você sabe onde é a final? É no Ibirapuera. Deus está preparando para a gente’. Esse grupo mereceu demais ganhar o Paulista, a Superliga e a Copa Brasil”, destacou Brait.
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“A gente mereceu porque se dedicou. Esse grupo foi maravilhoso. É maravilhoso. A Nati chegou e, se tem como eu ainda me espelhar mais nela, e me inspirar nela, eu me inspirei. A Nati é uma líder nata e maravilhosa. Ela é craque de bola e merece tudo o que acontece de bom na vida dela porque tem uma personalidade e liderança que nunca vi igual. Nunca vi alguém do meu lado jogar igual a ela. Ela está de parabéns. Quero agradecer muito a ela, ao povo de Osasco e à nossa torcida. Agora é pedir para ela ficar. A esperança é a última que morre”, concluiu Camila Brait, a capitã do Osasco.