Scheidt tem dia irregular, mas segue na briga por vaga olímpica

Bicampeão olímpico enfrentou problemas nas regatas com vento fraco em Sakaiminato e agora ocupa o 13° lugar no Campeonato Mundial

O vento perdeu força em Sakaiminato, no Japão, e carregou problemas para Robert Scheidt. O bicampeão olímpico viveu seu dia mais difícil no Mundial da Classe Laser 2019 na madrugada deste domingo (7) – pelo horário de Brasília – com resultados aquém das expectativas nas duas regatas iniciais da fase ouro. Com um 14° e um 30° lugares, passou da 5ª para 13ª posição na classificação geral. Mesmo assim, ainda se mantém dentro da zona que assegura a vaga para ser o representando do Brasil nos Jogos de Tóquio/2020, que é a 18ª colocação.

“Foi um dia difícil, com vento fraco. Depois do 14° lugar na regata inicial, acabei tomando algumas decisões ruins no início da segunda prova, principalmente sobre onde largar. Fui para o lado direito da raia e o vento entrou mais pela esquerda. Com isso, montei a primeira bóia em 30° e não consegui recuperar. Eu poderia ter velejado melhor, mas cometi alguns erros. Agora é tentar esquecer e partir com tudo para amanhã (segunda-feira – 8). Ainda faltam quatro regatas e provavelmente o vento vai continuar fraco nos próximos dois dias. Vai ser complicado, mas, ao mesmo tempo, existem muitas oportunidades”, relatou Scheidt.

Para garantir o direito de representar o Brasil em sua sétima Olimpíada, Scheidt precisa ser o brasileiro mais bem colocado na disputa, além de terminar entre os 18 melhores do Mundial. Nesse duelo particular, ele segue com vantagem. Após os resultados do quarto dia, Robert segue bem à frente dos outros dois conterrâneos ainda na disputa da flotilha ouro. Com a 13ª colocação na classificação, com 58 pontos perdidos, a diferença do bicampeão olímpico é de 26 posições em relação a Bruno Fontes (39ª no geral, com 119 pontos perdidos), e de 35 para João Pedro Souto de Oliveira (48° lugar, com 136pp). Philipp Grochtmann aparece em 92°, com 194pp, já fora da briga pelo pódio da competição que reúne 160 barcos de 58 países.

Os resultados deste domingo contrastam com a curva ascendente do desempenho de Scheidt no três primeiro dias de disputas em Sakaiminato. Após uma estreia irregular, na quinta-feira (4), quando oscilou entre um 27° na regata inicial para chegar em terceiro na sequência, o experiente velejador brasileiro garantiu o top 5 nas duas disputas da sexta, com um 4° e um 3°. No sábado, se manteve entre os cinco mais velozes, com o 5ª e a 2ª posições.

Otávio Freire

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