Fernanda Oliveira e Ana Barbachan encerram parceria com o 9º lugar na 470

Quarta-feira (4) foi marcada pelas regatas da medalha da classe 470 masculina e feminina, que se fundirão para Paris 2024

Nessa quarta-feira (4), encerraram as atividades da vela nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020. Com chances remotas de conseguir medalha, Fernanda Oliveira e Ana Barbachan terminaram a Medal Race em 10º lugar e fecharam na nona colocação na classe 470 feminina. Na versão masculina, Bruno Benthlen e Henrique Haddad não participaram da regata decisiva e fecharam em 16º lugar na Ilha de Enoshima,

Fernanda Oliveira e Ana Barbachan começaram a quarta-feira (4) na quinta colocação e precisavam vencer a medal race e torcer por uma combinação de resultados para conseguir uma medalha. As brasileiras não conseguiram performar bem como na terça-feira e terminaram na décima e última colocação.

“Nós já fomos sexto e oitavo em outras edições dos Jogos. Então, a regata de hoje pedia que a gente tentasse alguma coisa diferente para tentar subir na classificação. Isso acabou não acontecendo. Não conseguimos ir para o grupo da frente no início da regata e ainda cometemos um erro no final que ainda passaram dois barcos por nós, que comprometeram duas posições no geral. A gente já sabe que se não arrisca, não anda na frente. É um balanço difícil de fazer. Mas estamos felizes com a campanha que a gente fez, vencendo duas regatas da série,” avaliou Fernanda Oliveira

+ SIGA O OTD NO YOUTUBE, NO INSTAGRAM, NO FACEBOOK E NO TIKTOK

Desse modo, a dupla brasileira somou 20 pontos (na regata da medalha, as pontuações são dobradas), ficou com 82 pontos totais e terminou na 9ª colocação. A medalha de ouro ficou co as britânicas Hannah Mills e Eilidh McIntyre que somam apenas 38. A prata ficou com a Polônia e o bronze com a França.

O último ato

Essa foi a última grande competição de Ana Barbachan e Fernanda Oliveira.

“Eu sabia que ia ser um momento especial, não só pelo ciclo, por toda a magia dos Jogos Olímpicos que a gente já conhece, mas eu sabia que seria especial pelo encerramento dessa parceria tão especial, de 12 anos, um terço da minha vida velejando com ela. E é uma coisa que me dá muito prazer e me fez muito feliz nesse tempo. Cresci como atleta, como pessoa, aprendi muita coisa e o choro não é por causa de resultado porque resultado depende de muita coisa, a gente já tá cascorada dessa situação, de vez em quando, as vezes as adversárias estão melhores, mas, sim, pelo fim desse ciclo, por tudo que a gente construiu, pelo meu crescimento pessoal, é momento muito especial para mim,” disse Ana Barbachan.

A quarta-feira também teve o encerramento da classe 470 masculina, classe na qual competiram Henrique Haddad e Bruno Benthlen. O ouro foi para a Austrália, a prata para a Suécia e o bronze para a Espanha. Os brasileiros não disputaram a medal race, terminando na 16ª colocação com 132 pontos perdidos.

Balanço da Vela e mudanças para Paris

Esse foi o terceiro melhor desempenho do Brasil na vela nos Jogos Olímpicos de Tóquio. Fernanda Oliveira e Ana Barbachan foram as únicas, ao lado de Robert Scheidt e das bicampeãs olímpicas Martine Grael/Kahena Kunze, que chegaram à medal race com chances de medalha e terminaram no top10 (Patrícia Freitas foi 10ª na RS-X, mas disputou a regata da medalha sem chances de pódio).

“Eu acho que a participação aqui em Tóquio foi dentro do objetivo que era manter a tradição de conquistar medalha. Foram poucas ocasiões que tivemos mais de uma medalha. Diante das circunstâncias, terminamos aqui como o quinto melhor país na vela, com uma medalha de ouro que foi histórica. Isso, somado a quatro participações na regata final, mostra uma situação boa, principalmente se contarmos que boa parte da equipe ficou impossibilitada de treinar e competir na Europa por causa da pandemia. As equipes que tiveram melhor condição de treinar foram as meninas do 49erFX porque as duas têm passaporte europeu e o Robert que mora na Itália. Os outros tiveram muita dificuldade de viajar e isso traz um impacto no treinamento. Mesmo assim, acredito que o balanço é positivo,” avaliou Toben Grael, um dos chefes de missão da vela nos Jogos Olímpicos de Tóquio

Vale lembrar que para os Jogos Olímpicos de Paris 2024, a classe 470 passará a ser mista.

Rafael Freitas

Mais em​ Tóquio 2020Vela

Brasileiro de 19 anos fechou sua participação na Semana Olímpica de vela de Hyères entre os 10 melhores da classe
Em dia que todos os barcos brasileiros tiveram melhora de colocação, o jovem de 19 anos se aproximou de zona de classificação para a medal series
Entre os ‘brazucas’ presentes na cidade da França, Lucas foi quem teve o melhor desempenho em sua prova
Velejador venceu regata, teve um terceiro e um quinto em último dia do Troféu Princesa Sofia de Vela. Mateus ainda subiu sete posições, sendo o melhor brasileiro do evento