Pia exalta desempenho das zagueiras do Brasil contra a Zâmbia: ‘Elite mundial’

Treinadora ficou satisfeita com a consistência defensiva da Seleção e já planeja a estatégia para as quartas de final contra o Canadá

“Uma atuação de elite mundial”. Assim a treinadora Pia Sundhage resumiu o desempenho defensivo da Seleção Brasileira nesta terça, diante da Zâmbia, pela última rodada da fase de grupos nos Jogos Olímpicos de Tóquio.

A técnica viu eficiência da equipe para frear o um contra um das africanas. O trabalho garantiu com que a Canarinho não fosse vazada diante da até então artilheira da competição, Barbra Banda, que tinha anotado dois hat-tricks nas partidas anteriores.

“A Zâmbia dificultou muito as coisas para nós, elas jogaram duro. Se você olhar para as situações de 1×1, elas foram muito bem e, por mais que tivéssemos uma jogadora a mais em campo, tivemos algumas dificuldades. Mas eu gostaria de olhar para o jogo de uma forma positiva. Se você olhar para Rafa, como ela e Poliana defenderam, isso é uma atuação de elite mundial. Não só isso: o desempenho quando Poliana sai e Bruna [Benites] entra é outra coisa que me deixou muito feliz”, elogiou.

O Brasil controlou o jogo, com 72% de posse de bola, mas não conseguiu converter todo esse volume de jogo em finalizações: foram sete ao todo. Para Pia, o jogo truncado prejudicou o ritmo da partida. No primeiro tempo, foram tantas paradas para atendimentos que a arbitragem precisou conceder 14 minutos de acréscimo.

“É difícil atuar com tantas interrupções, não só daqueles 2 ou 3 minutos de quando a jogadora cai, como a Bia, por exemplo. Um jogo assim é complicado para achar o ritmo. Avançamos, ganhamos o jogo e teremos um time diferente começando o jogo contra o Canadá”, disse a treinadora.

Na Era Pia, as Guerreiras do Brasil jamais perderam para o Canadá, adversário das quartas de final. Foram quatro duelos, com duas vitórias e dois empates para a Canarinho. O confronto reedita a disputa pelo bronze da Rio 2016. Na ocasião, as canadenses levaram a melhor, vencendo por 2 a 1. 

Apesar do retrospecto, Pia sabe que o Brasil terá um grande desafio pela frente. Ela elogiou Christine Sinclair, uma das maiores artilheiras das Olimpíadas, e refutou a tese de que o Brasil teria conseguido um caminho mais tranquilo no chaveamento da competição.

“Jogamos contra o Canadá algumas vezes, mas é claro que será diferente nas quartas de final. Devemos estar coesas e acreditar no plano de jogo. Nos confrontos anteriores, não tínhamos o mesmo esquema tático. Tento me colocar no lugar da técnica delas para imaginar o que farão e criar algo diferente para ganharmos o jogo. Elas têm uma jogadora que respeito muito, a Christine Sinclair, e nós vamos decidir como lidar com ela e sua equipe. Não acho que haja adversários mais fáceis ou mais difíceis nas quartas de final, qualquer time classificado tem condições de ser campeão”, afirmou.

Otávio Freire

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