Organização da Olimpíada cortará extras e manterá o essencial

Japão terá que arcar com os custos do adiamento da Olimpíada e COI recomenda que só o essencial seja mantido

Mesmo antes do adiamento, a Olimpíada de Tóquio 2020 tinha a previsão de custar US$ 12,35 bilhões. Com o evento mudando para 2021, o custo deve ser maior, e o Comitê Organizador já prevê cortar gastos extras e deixar somente o essencial.

Os organizadores da Olimpíada precisam reduzir os custos relacionados aos Jogos de Tóquio, concentrando-se nos itens essenciais, disse o chefe da Comissão de Coordenação do Comitê Olímpico Internacional (COI), John Coates, após reunião remota com autoridades japonesas na quinta-feira (17), segundo a agência Reuters.

“Vamos explorar todas as oportunidades para otimizar e racionalizar o escopo e os níveis de serviço nos Jogos e reduzir os custos causados ​​pelo adiamento”, disse Coates depois da reunião com o Comitê Organizador de Tóquio 2020.

O Comitê Olímpico Internacional e o governo japonês tomaram a decisão sem precedentes no mês passado de adiar a Olimpíada de Tóquio 2020. Os organizadores precisam replanejar a competição sem aumentar os custos adicionais, tentando manter só o essencial.

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“Todos os serviços dos atletas permanecerão os mesmos, mas deve haver outras áreas para que possamos olhar e decidir quais são itens essenciais e quais são desejáveis.”

Em entrevista ao jornal alemão Welt no domingo (12), o presidente do COI, Thomas Bach, disse que a entidade deverá ter centenas de milhões de dólares em custos suplementares.

Comitê Organizador de Tóquio 2020 terá que cortar gastas extras
Yoshiro Mori, presidente do Comitê Organizador de Tóquio 2020 (Facebook/tokyo2020)

Contudo, a obrigação é do Japão de absorver os custos adicionais, medida estipulada no Contrato da Cidade Anfitriã assinado em 2013 quando o COI concedeu o direito de organizar Tóquio 2020.

Nem o COI nem as autoridades japonesas estão oferecendo estimativas de custos, mas as reportagens da mídia no Japão sugerem uma fatura adicional de US$ 2 bilhões a US$ 6 bilhões, além dos gastos atuais.

João Fraga

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