Levada para Fukushima, tocha vira símbolo de reconstrução

Tocha ficará na cidade devastada por tsunami, terremoto e colapso nuclear em 2011 como símbolo de reconstrução e esperança

A tocha olímpica tem uma nova casa pelo próximo mês. A partir desta quinta-feira (2), ela ficará exposta no Centro de Treinamento J-Village, em Fukushima, no Japão, até o dia 30 de abril, e se tornou um símbolo de reconstrução. A cidade sofreu um tsunami, um terremoto de 9,1 graus na escala Richter e o colapso de três reatores nucleares em 2011, resultando em cerca de 15 mil mortos. A tocha também representa a esperança em meio à pandemia de coronavírus que atinge o mundo todo.

“A Chama Olímpica pode se tornar a luz no fim do túnel em que o mundo se encontra atualmente”, disse Thomas Bach, presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI).

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“A chama olímpica de Tóquio 2020 já representava uma luz guia para as pessoas do Japão e um símbolo da recuperação do país. Com a emergência da Covid-19, a chama adquire um novo simbolismo, como um farol de esperança para todos os países do mundo, durante estes momentos desafiantes”, completou o comunicado da organização dos Jogos.

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Tocha Olímpica viajando de avião para o Japão (Twitter/tokyo2020)

O acesso ao local de exibição da tocha olímpica, porém, será restrito, para tentar evitar aglomerações e o risco de propagação do coronavírus. Cada visitante terá cerca de 30 segundos para observar a chama.

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A tocha chegou ao Japão no dia 20 de março, após cerimônia no dia anterior, em Atenas (Grécia), no Estádio Panatenaico. O revezamento começará no ponto zero do desastre natural e nuclear de Fukushima e percorrerá o país até o Estádio Olímpico, onde acontecerá a abertura dos Jogos Olímpicos, no ano que vem, no dia 23 de julho.

Fernanda Zalcman

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