Guga lamenta cenário do tênis brasileiro: “Não existe”

Guga falou sobre o tênis brasileiro no 6º Encontro Nacional das Escolas Guga, que aconteceu nesta sexta-feira (20), no Esporte Clube Sírio, em São Paulo.

Dono de 20 títulos de simples – sendo três deles em Grand Slams/Roland Garros, um Masters e cinco Masters Series – oito de duplas e número um do ranking mundial em 2000, Gustavo Kuerten vê o tênis passando por uma fase difícil no Brasil.

“O tênis brasileiro ainda não existe. Existem sim os jogadores. Falta tênis, ainda não temos um cenário da modalidade. A gente fala de personagens, infelizmente. Ainda é pouca a nossa produção para conseguir dar vida ao tênis brasileiro”, considerou Guga em coletiva de imprensa realizada no 6º Encontro Nacional das Escolas Guga.

Ainda assim, afirmando-se “tendencioso para defender os atletas”, citou nomes como Thiago Monteiro, Bia Haddad Maia, Teliana Pereira, Thaisa Pedretti, Bruno Soares, Marcelo Melo, Thomaz Bellucci e Marcelo Demoliner como parte de uma geração importante para o esporte. “São esses agentes que acabam contribuindo muito para o nosso tênis”, disse.

Avaliando o trabalho feito pela Confederação Brasileira de Tênis, o atleta acredita que o país deve se dedicar a construir um caminho que leve à criação de um cenário da modalidade, de fato. Destacando esperança e pretensão, Guga acredita no incentivo da base e na capacitação de profissionais.

“O processo começa por aqui. Os jogadores precisam ser melhores? Óbvio. Mas os treinadores que precisam melhorar muito. A gente está caminhando para conseguir avaliar um cenário do tênis brasileiro. Ele já tem esboços e existem muitas iniciativas favoráveis”, concluiu.

Escola Guga

A Escola Guga é especializada no ensino de tênis para crianças, adolescentes e adultos. Visando desenvolver a modalidade no Brasil, atualmente, a instituição tem 48 unidades espalhadas pelas cinco regiões do país. Para isso, nesta sexta-feira (20), no Esporte Clube Sírio, em São Paulo, Guga reuniu gestores, professores e alunos do projeto para incentivar o debate a respeito do tênis.

“Com a realidade do tênis no Brasil, eu me arrisco a dizer que talvez isso é até mais importante do que os momentos em quadra, que são tão marcantes, simbólicos e históricos para todos nós. Mas esse é o dever de casa, a gente está investindo nos profissionais, nos educadores e professores. Estamos dando condições para eles poderem evoluir e trabalhar com decência e tranquilidade. Assim eles vão crescendo, com autoconfiança e conhecimento”, afirmou o atleta.

Marina Balbino

Mais em​ Tênis

Ingrid Martins sofre acidente de carro após WTA 125 de Parma. Tenista passa bem e teve apenas ferimentos leves
Dupla brasileira bate tchecos no match tiebreak e avançam para pegar indiano e mexicano
O brasileiro Marcelo Demoliner e o austríaco David Pichler venceram os tchecos Jiri Barnat e Filip Duda nas quartas de final do Challenger de Oeiras
Pedro Rodrigues eliminou no Challenher de Bogotá o colombiano Nicolas Mejía, que está 637 posições a frente dele no ranking mundial