Ícaro Miguel e Milena a um ano da estreia na Olimpíada

A exatamente um ano para lutas, dupla do taekwondo se prepara para chance de fazer dia histórico em Tóquio 2020

Um os esportes que trazem boas expectativas no Brasil por medalhas nos Jogos Olímpicos de Tóquio é o taekwondo. No 26 de julho de 2021, um dia depois de Netinho, será a vez de Ícaro Miguel e Milena Titoneli, que podem transformar a data em histórica para a modalidade.

Ícaro Miguel na luta pelo pódio

Lutando na Olimpíada na categoria até 80 kg, Ícaro Miguel precisou superar dificuldades até ser considerado hoje candidato a medalha. Com apenas seis anos de idade, sofreu um acidente caseiro que o deixou com apenas 10% da visão em um dos olhos.

O problema na visão não impediu o Ícaro de seguir a carreira no taekwondo. Após conseguir a faixa preta, em 2010, o atleta já disputava o primeiro Campeonato Mundial, em 2012.

A promissora carreira do lutador seguiu em bom ritmo em 2018. O atleta obteve o primeiro resultado expressivo, no Pan-Americano de taekwondo, quando terminou com a prata em Spokane, nos Estados Unidos.

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Ícaro Miguel open costa rica taekwondo
Ícaro Miguel é esperança de medalha para o Brasil (Abelardo Mendes Jr/ rededoesporte.gov.br)

Os resultados positivos cresceram em 2019. Em um ano histórico, Ícaro se tornou vice-campeão no Campeonato Mundial realizado na Inglaterra, foi prata nos Jogos Pan-Americanos de Lima e bronze no Grand Prix de Sofia, na Bulgária, uma das competições mais tradicionais da modalidade.

O pouco que pode lutar em 2020, até a paralisação das competições por conta da pandemia do coronavírus, mostrou que a sequência positiva segue a todo o vapor. Além de uma campanha perfeita no Pré-Olímpico Pan-Americano, que rendeu a sua vaga para os Jogos Olímpicos, o atleta se tornou o primeiro brasileiro a liderar o ranking mundial da categoria. Atualmente, aparece na quarta colocação na lista até 87 kg, que não é olímpica. Em Tóquio, ele compete na até 80kg.

Milena Titoneli

Outra brasileira a entrar no tatame no 26 de julho de 2021 é Milena Titoneli. E também é esperança de medalha. Com 21 anos, a atleta começou no taekwondo com 13 e logo passou a figurar entre as principais atletas do planeta na categoria até 67 kg.

Hoje 11ª colocada no ranking mundial da categoria, a lutadora começou a demonstrar bons resultados em competições internacionais em 2018. Foi medalha de bronze no Pan-Americano e ouro no Mundial Militar.

Milena Titoneli
Ouro no Pan, Titoneli chega com chance nos Jogos Olímpicos (Washington Alves/COB)

A temporada seguinte também foi boa. Ficou com o bronze no Mundial realizado em Manchester, quando enfrentou na semifinal a turca Nur Tatar Askari, dona de duas medalhas em Olimpíadas. Alguns meses mais tarde, Milene subiu no lugar mais alto do pódio nos Jogos Pan-Americanos de Lima-2019, se tornando a primeira brasileira da história a ser campeã nesse evento.

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O carimbo da vaga nos Jogos Olímpicos veio em 2020, após três vitórias conquistadas no qualificatório realizado em Cuba. Vai ser a estreia, mas Milena não se esquiva na hora de se colocar como uma das fortes candidatas à pódio no evento do ano que vem.

“Com certeza acho possível a medalha, trabalho diariamente pra isso. Se não acreditasse nessa possibilidade acho que não deveria nem ir pra Tóquio. A chance de conquistar essa medalha é o que me move, o que me faz acordar e ir treinar todos esses dias”, declarou a atleta em recente participação em uma live feita pela CBTKd (Confederação Brasileira de Taekwondo).

Colaboração OTD

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