Gabriel Medina ainda não competiu em 2025. No começo do ano, o surfista brasileiro sofreu uma lesão quando se preparava para a primeira etapa do ano da Liga Mundial de Surfe (WSL). Medina sofreu uma lesão no tendão do músculo peitoral maior do ombro esquerdo e passou por uma cirurgia em janeiro. Na última semana, o atleta voltou a surfar normal. A expectativa é de que ele possa voltar a competir em agosto na etapa do Taiti da WSL em Teahupo’o.
Durante seu processo de recuperação, Gabriel Medina foi acompanhado pelo fisioterapeuta esportivo Alexander Rehder, que é especialista pela Sociedade Nacional de Fisioterapia Esportiva e da Atividade Física (Sonafe Brasil). “Depois da cirurgia, foram quatro semanas de tipoia, com fisioterapia desde os primeiros dias. O Gabriel teve uma recuperação muito boa. A gente o deixou o mais ativo possível, com bicicleta ergométrica, trabalhando membros contralaterais, membros inferiores. Trata-se de uma lesão extra-articular, o que geralmente facilita as reabilitações do ombro”, detalhou o profissional.
Treinos na piscina
Antes de ir para o mar, Gabriel Medina trabalhou com exercícios físicos na água, ainda sem prancha e depois começou a surfar na piscina de ondas do Beyond The Club, em São Paulo. “Devagarzinho, a gente começou a liberá-lo para nadar, primeiro na piscina e depois no mar, pensando no retorno ao surfe. Nadamos no mar um pouco mais mexido, para que ele tivesse que levantar um pouco a cabeça, o que simula a remada. Depois fomos remar um pouquinho na piscina. Quando sentimos que ele estava com uma boa cicatrização, que tinha uma força suficiente para conseguir surfar, chegamos por meio de uma piscina a fazer um ambiente mais controlado”, explica Rehder.
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A expectativa pelo retorno
Recuperando-se da cirurgia, Gabriel Medina ficou de fora das seis etapas iniciais da temporada 2025 da WSL. O staff do atleta acredita na possibilidade de um retorno em agosto, na etapa de Teahupo’o, no Taiti. O local é especial para Medina. Foi lá onde ele conquistou a vitória que abriu o caminho para seu primeiro título mundial em 2014 e onde ele ganhou o bronze nos Jogos Olímpicos de Paris no ano passado.
Agora, o foco do atleta é em aumentar sua preparação física, para voltar em um bom nível em agosto. ““É difícil segurar um cara como o Gabriel, mas tentamos pelo menos controlar um pouco do tempo de exposição, e agora variar, menos fisioterapia e mais preparação física para a gente tentar deixar ele bem equiparado em relação à força muscular. Buscamos fazer ele voltar às competições, e isso deve acontecer em agosto, em Teahupo’o, mas vai depender muito dele. De acordo com o planejamento, ele estará completamente recuperado em todos os sentidos e treinado, pois temos cerca de dois meses para preparar. Agora a palavra de ordem é treinar mesmo”, finaliza o fisioterapeuta.
