Gabrielzinho nada costas nos 200m livre do Parapan

Depois do Mundial de 2022, o nadador brasileiro voltou a usar a estratégia nos 200m livre

Um dos destaques da natação brasileira nos Jogos Parapan-Americanos de Santiago-2023 é Gabriel Araújo, mais conhecido como Gabrielzinho. Quase dono da classe S2, o mineiro de apenas 21 anos chamou a atenção pela disparidade que possui diante de seus rivais continentais. Nos 200m livre, ele venceu a prova com uma diferença de quase 28 segundos para o segundo colocado e estabeleceu mais um recorde.

“Realmente é a minha prova, que eu mais domino. É a minha favorita e também a mais difícil. É por isso que gosto muito. Ela me deu inteligência, me deu estratégia. E eu gosto de ser assim, gosto de nadar pensando no que estou fazendo, de saber do que preciso saber para ganhar”, destacou Gabrielzinho. 

Quando Gabrielzinho tocou a borda da piscina pela última vez, o cronômetro marcava 4m05s05. O chileno Alberto Abarza Diaz, anteriormente recordista da prova com 4m10s06, ficou em segundo, marcando 4m32s94. Rodrigo Santillan, do Peru, fechou o pódio com 4m38s19. 

Virada nos 150m

Durante a prova, um destaque chamou a atenção do público. Por volta dos 150m, Gabrielzinho mudou o estilo e passou a nadar de costas, ao invés do livre. A estratégia não é nova, mas o nadador não usa ela faz um tempo.

Gabrielzinho com medalha de ouro da natação do Parapan
Foto: Foto: Marcello Zambrana/CPB @marcellozambrana @ocpboficial

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“Eu fiz essa estratégia em Tóquio. No Mundial (2022), também eu repeti, mas no deste ano, não fiz. Então, como tenho controle dessa prova, sei a hora que tenho que virar e a que não tenho que virar. Nesse momento, preferi virar”, explicou. 

Estratégia pensada

Gabriel Araújo entra na piscina mais três vezes antes de encerrar sua participação nos Jogos Parapan-Americanos de Santiago. Na próxima quarta-feira (22), ele disputa os 50m livre. Na quinta-feira (23), nada a final dos 50m costas, enquanto na sexta-feira (24), último dia da natação, fecha com 100m livre.

“Não é simplesmente virar do nada, é tudo treinado, é tudo pensado e alinhado com o meu treinador. A gente calcula todas as variáveis possíveis nos treinamentos para chegar na hora da competição, eu fazer o que me senti confortável e achar o que vai ser melhor para o momento”, complementou. 

Adielson de Barros
Jornalista recifense formado na Faculdade Boa Viagem apaixonado por futebol e grandes histórias. Trabalhando no movimento olímpico e paralímpico desde 2022.

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