As “fênix” do halterofilismo fazem dobradinha no Parapan

Tayana Medeiros e Edilândia Araújo renascem através do halterofilismo e fazem dobradinha no Parapan de Santiago

Os Jogos Paralímpicos do Rio de Janeiro, em 2016, serviram de inspiração para várias pessoas com deficiência no Brasil, que através da competição tiveram o seu primeiro contato com o esporte. Uma dessas pessoas é Tayana Medeiros, que conheceu o halterofilismo na Paralimpíada do Rio e viu a sua vida ser transformada pelo esporte.
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Tayana Medeiros nasceu com uma doença chamada artrogripose, que comprometeu o movimento de
suas pernas. A carioca de 30 anos está no halterofilismo desde 2016 e vem colecionando bons resultados. O mais recente foi a medalha de ouro nos Jogos Parapan-Americanos Santiago-2023. “Foi uma competição bem acirrada. Eu estava muito nervosa e tentando controlar o máximo a ansiedade. Eu errei o meu primeiro levantamento e isso me atrapalhou um pouco, mas eu segui firme e fui lá e falei assim: vou fazer, porque vamos garantir essa medalha”, analisou a atleta sobre seu desempenho no Parapan.
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A carioca diz ter renascido após conhecer a modalidade na Paralimpíada do Rio. “Foi amor à primeira vista. Assim, foi uma modalidade que me encantou de uma forma que mudou a minha vida e vem mudando ainda. O halterofilismo me fez renascer de novo. Eu estava nas cinzas e foi quando eu virei uma fênix, né? Eu ressurgi e assim, é a melhor coisa que já aconteceu na minha vida até hoje”, finalizou.

Edilândia consagra retorno com bronze

Na mesma categoria onde Tayana levou a medalha de ouro, o Brasil também ganhou um bronze com Edilândia Araújo. A baiana começou a praticar o halterofilismo em 2005, mas ficou sete anos parada por conta de um problema de saúde, voltando a competir em 2022. Desde então ela levou a prata no Open das Américas e, agora, o bronze no Parapan.

“Essa medalha representa muita coisa. Como diz o meu técnico: é o grande retorno. Passei sete anos afastada e retornei logo ganhando minha primeira medalha nos Jogos Parapan-Americanos. Eu agradeço muito por estar aqui. Cada dia é um agradecimento porque fiquei esse tempo parada e eu poderia estar em casa, vendo pela televisão, mas hoje estou aqui”, disse a atleta.

Gabriel Gentile
Jornalista formado pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e viciado em esportes

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