Medalha de ouro em Lima-2019, o campeão mundial em 2022 e medalhista olímpico em 2021, Alison dos Santos será o grande desfalque do atletismo do Brasil nos Jogos Pan-Americanos de Santiago-2023. Sem seu principal atleta, o Brasil será representado nos 400 m com barreiras por Matheus da Silva e Márcio Teles no masculino e por Camille de Oliveira, Chayenne da Silva e Marlene dos Santos no feminino.
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Nossos pódios
O brasileiro Eronile Araújo é o grande nome da história dos 400 m com barreiras masculino nos Jogos Pan-Americanos. O baiano nascido em Bom Jesus da Lapa foi tricampeão da prova ao subir ao lugar mais alto do pódio em Havana 1991, Mar Del Plata 1995 e Winnipeg 1999. No ano em que levou seu terceiro ouro, Eronilde Araújo foi prata no revezamento 4 x 400m. Além de ter feito história nos Jogos Pan-Americanos, o atleta participou de três Olimpíadas: Barcelona 1992, Atlanta 1996 e Sydney 2000. Foi finalista duas vezes, terminando em oitavo em 1996 e em quinto em 2000.
Com os três ouros de Eronilde Araújo e mais o de Alison dos Santos, o Brasil é o segundo maior vencedor dos 400 m com barreiras em Jogos Pan-Americanos, atrás apenas dos Estados Unidos. Além das quatro vitórias, o país subiu mais cinco vezes no pódio da prova.
Logo na primeira edição, em Buenos Aires 1951, Wilson Gomes Carneiro foi prata dos 400 m com barreiras e na Cidade do México 1955 ficou com o bronze. 24 anos depois, Antônio Dias Ferreira ficou em segundo lugar em San Juan 1979, feito que ele repetiu em Caracas 1983. Por fim, Everson Teixeira foi prata em Mar Del Plata 1995, fazendo a dobradinha brasileira no pódio junto com Eronilde Araújo.
Medalhistas
ANO | TEMPO | TEMPO | TEMPO | |||
1951 | Jaime Aparicio | 53.4 | Wilson Gomes Carneiro | 53.7 | Don Halderman | 54.5 |
1955 | Josh Culbreath | 51.5 | Jaime Aparicio | 51.8 | Wilson Carneiro | 53.0 |
1959 | Josh Culbreath | 51.2 | Dick Howard | 51.3 | Cliff Cushman | 53.0 |
1963 | Juan Carlos Dyrzka | 50.32 | Willie Atterberry | 50.49 | Russ Rogers | 51.19 |
1967 | Ron Whitney | 50.75 | Russ Rogers | 51.31 | Bob McLaren | 51.44 |
1971 | Ralph Mann | 49.11 | Jim Seymour | 50.36 | Jacinto Hidalgo | 51.68 |
1975 | James King | 49.60 | Ralph Mann | 50.04 | Alfonso Damaso | 50.19 |
1979 | James Walker | 49.66 | Antônio Dias Ferreira | 50.85 | Frank Montiéh | 51.30 |
1983 | Frank Montiéh | 50.02 | Antônio Dias Ferreira | 50.08 | James King | 50.31 |
1987 | Winthrop Graham | 48.49 | Kevin Young | 48.74 | Dave Patrick | 49.47 |
1991 | Eronilde Nunes de Araújo | 49.96 | McClinton Neal | 50.05 | Torrance Zellner | 50.21 |
1995 | Eronilde Araújo | 49.29 | Everson Teixeira | 50.24 | Llimy Rivas | 50.37 |
1999 | Eronilde Araújo | 48.23 | Eric Thomas | 48.40 | Torrance Zellner | 48.45 |
2003 | Félix Sánchez | 48.19 | Eric Thomas | 48.74 | Dean Griffiths | 49.35 |
2007 | Adam Kunkel | 48.24 | Bayano Kamani | 48.70 | Laron Bennett | 49.07 |
2011 | Omar Cisneros | 47.99 | Isa Phillips | 48.82 | Félix Sánchez | 48.85 |
2015 | Jeffery Gibson | 48.51 | Javier Culson | 48.67 | Roxroy Cato | 48.72 |
2019 | Alison dos Santos | 48.45 | Amere Lattin | 48.98 | Kemar Mowatt | 49.09 |
Quadro de Medalhas
A estrela dos Jogos
A americana Judi Brown-King é a maior vencedora dos 400 m com barreiras feminino da história dos Jogos Pan-Americanos. Ela venceu as duas primeiras provas em que a competição foi disputada. A atleta dos Estados Unidos foi ouro em Caracas 1983 e em Indianápolis 1987.
Nascida em Milwaukee, a atleta fez história nos Jogos Olímpicos também ao conquistar a medalha de prata em Los Angeles 1984. Em 1987, ela foi eleita a esportista feminina do ano pela revista Sports Illustred.
Medalhistas
ANO | TEMPO | TEMPO | TEMPO | |||
1983 | Judi Brown | 56.03 | Sharrieffa Barksdale | 56.09 | Gwen Wall | 56.93 |
1987 | Judi Brown-King | 54.23 | Sandra Farmer | 54.59 | LaTanya Sheffield | 56.15 |
1991 | Lency Montelier | 57.34 | Deon Hemmings | 57.54 | Tonja Buford | 57.81 |
1995 | Kim Batten | 54.74 | Tonja Buford | 55.05 | Lency Montelier | 55.74 |
1999 | Daimí Pernía | 53.44 | Andrea Blackett | 53.98 | Michelle Johnson | 54.22 |
2003 | Joanna Hayes | 54.77 | Daimí Pernía | 55.10 | Andrea Blackett | 55.24 |
2007 | Sheena Tosta | 54.64 | Nickiesha Wilson | 54.91 | Nicole Leach | 54.97 |
2011 | María Oliveros | 56.26 | Luci Jaramillo | 56.95 | Yolanda Osana | 57.08 |
2015 | Shamier Little | 55.50 | Sarah Wells | 56.17 | Déborah Rodríguez | 56.41 |
2019 | Anna Cockrell | 55.50 | Rushell Clayton | 55.53 | Zurian Hechavarría | 55.85 |
Quadro de medalhas
A prova
400 m com barreiras é uma modalidade olímpica do atletismo que consiste em uma corrida de velocidade com a superação de barreiras ao longo da totalidade de uma pista padrão ovalada desta distância.Os atletas largam de blocos de partida fixados no chão e dão uma volta inteira em torno da pista dentro de suas raias designadas, saltando dez barreiras até a linha de chegada.
As barreiras, com largura idêntica a da raia de corrida, feitas de um alumínio especial e desenhadas para cair para a frente a um toque mais forte, tem uma altura de 91,4 cm na prova masculina; para as mulheres a altura é de 76,2 cm. As barreiras podem ser tocadas ou até derrubadas sem desclassificação do atleta que geralmente é o único prejudicado em seu próprio tempo nesta situação.
Assim como em outras provas de velocidade do atletismo, um tempo de reação inferior a 0.1s ao sinal de largada é considerado como uma largada falsa e o atleta desclassificado com a prova sendo reiniciada com os restantes. Um atleta também pode ser desclassificado caso pise na raia de outro competidor.