Yaras pegam Portugal de olho na Copa do Mundo de XV

Seleção feminina pega as Leoas nesse domingo em jogo que também vale pontos no ranking mundial. Giro pela Europa tem, ainda, confronto contra a Espanha no dia 22

A seleção brasileira feminina de rúgbi vai a campo nesse domingo (16), 12h30, em Caldas da Rainha, Portugal, contra as donas da casa. Será o primeiro de dois jogos preparatórios visando a inédita participação das Yaras na Copa do Mundo de XV que ocorrerá em agosto e setembro, na Inglaterra. O segundo será contra a Espanha no próximo dia 22. Vale dizer que os amistosos, chamados de test matches, valem pontos no ranking mundial da modalidade.

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Será a terceira vez em que a seleção brasileira feminina de rúgbi pega Portugal, as chamadas Leoas. As outras duas foram em 2023, ambos em Guarulhos, na Grande São Paulo. O primeiro jogo foi vencido pelo Brasil por 10 a 7, mas o segundo teve triunfo português por 13 a 5. As Yaras ocupam, atualmente, o 37º lugar do ranking mundial de rúgbi XV, ao passo que Portugal está em 23º. Nem as Leoas, nem as espanholas estão na Copa do Mundo.

Emiliano Caffera

“O jogo é muito importante para nosso planejamento, pois podemos seguir conhecendo e experimentando atletas que atuam no exterior. Chegam oito atletas de fora e isso é importante. Nosso campeonato nacional não é forte, portanto para seguirmos evoluindo precisando seguir jogando cada vez mais como seleção”, avaliou o uruguaio Emiliano Caffera, técnico da seleção brasileira feminina de rúgbi XV.

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Brasil e Portugal em 2023 (Fotojump/Brasil Rugby)

“O elenco é muito misturado, pois conta com a mescla de atletas que treinam juntas em São Paulo, com jogadoras de outras partes do Brasil e do exterior. Assim, temos confiança para o jogo contra Portugal, mas é sempre difícil enfrentar seleções que treinam muito mais juntas e que estão acima de nós no Ranking. Vamos fazer bons jogos na Europa e podemos buscar a vitória. A Espanha está na Copa do Mundo e é mais forte que Portugal, mas sabemos que as portuguesas vão oferecer um jogo duro e parelho”, acrescentou Caffera.

O uruguaio havia acabado de chegar ao Brasil em 2023, quando acompanhou os jogos contra Portugal, mas ainda não era o treinador do Brasil. Para o jogo desse domingo, ele manteve a base do time que atuou contra os Países Baixos, trazendo novamente atletas baseadas no exterior para se somarem à base do grupo que já treina junto em São Paulo. O Brasil viajou com 28 atletas à Europa.

Elenco para as partidas

O grupo conta com apenas seis atletas que não enfrentaram os Países Baixos. Jezebel Dambros e Maria Gabriela “Magá” Graf até viajaram com a delegação, mas não entraram em campo. As quatro novidades são Natália Cristina Rondon, Julianna Júlio, Nicole Amaral e Natália Jonck. Graf, Jonck, Dambros e Amaral se somam a outras cinco atletas que jogam no exterior. Haline Scatrut, Edna Santini, Fran Barros, Larissa Henwood Lima e Taís Prioste.

Os outros nomes todos atuam no rugby brasileiro. A capitã será outra atleta olímpica, Eshyllen Coimbra, que defendeu as Yaras em Tóquio e foi também a capitã em 2024 na histórica vitória sobre a Colômbia que garantiu a classificação inédita ao Brasil na Copa do Mundo. “Estamos muito felizes em mais esse passo na preparação para a Copa do Mundo. Estamos confiantes, já que dois anos atrás tivemos vitória sobre Portugal. Serão jogos bem importantes para nossa preparação e estamos preparadas para o que der e vier. Portugal é um time que conhecemos, mas agora jogaremos na casa delas com novos desafios. Já a Espanha está na Copa do Mundo e nos oferecerá um jogo em nível próximo do que teremos na Inglaterra em agosto”, falou a capitã. “Contra a Holanda, vimos que nosso nível é próximo dessas seleções. Nosso time é jovem e com menos experiência, mas agora trabalhamos de modo centralizado e isso aumenta a confiança”, completou.

Yaras para pegar Portugal e Espanha

Primeiras linhas
Franciele Barros (Sporting, Portugal)
Giovana “Gi Lomu” Mamede (Jacareí)
Isabela Gomes (São José)
Jezebel Dambros (CUS Torino, Itália)
Júli Leni (Curitiba)
Natalia Jonck (Brisbane Brothers, Austrália)
Pâmela “Temps” Soares (Charrua)
Samara “Samy’ Vergara (Pasteur)
Taís Prioste (Bobigny, França)

Segundas linhas
Dayana Dakar (Niterói)
Eshyllen Coimbra (El-Shaddai)
Letícia Silva (Melina)
Nicole Amaral (Montreal Stingers, Canadá)

Terceiras linhas
Haline Scatrut (Shamrocks Mallorca, Espanha)
Larissa Alves (Curitiba)
Larissa Henwood Lima (Counties Manukau, Nova Zelândia)
Mariana Moreira (Jacareí)

Scrum-halves
Aline “Yu” Mayumi (Pasteur)
Luiza Campos (Charrua)

Aberturas
Fernanda Tenório (El-Shaddai)
Letícia “Tixa” Martins (Poli)

Centros
Carolyne Pereira (Delta | GRUA)
Edna Santini (São Miguel, Portugal)
Maria Gabriela Graf (Brisbane Brothers, Austrália)

Pontas/Fullbacks
Julianna Júlio (SPAC)
Lohana Valente (GRUA | Delta)
Natália Cristina Rondon (Melina)
Natália “Poke” Rosa (Pasteur)

André Rossi
Jornalista com mais de 20 anos de profissão, mais da metade deles na área de esportes. Está no OTD desde 2019 e, por ele, já cobriu ‘in loco’ os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Tóquio, os Olímpicos de Paris, além dos Jogos Pan-Americanos de Lima e de Santiago

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