Sul-Americano marca estreia de técnica neozelandesa nas Yaras

Crystal Kaua é, ainda, a primeira treinadora a assumir o comando da seleção feminina de rúgbi sevens. Time masculino também joga o continental, de olho no circuito mundial

A grande novidade da seleção brasileira feminina de rúgbi que disputa o Campeonato Sul-Americano de sevens estará no banco. O torneio, que ocorre neste sábado (26) e domingo (27) em Lima, no Peru, marca a estreia da neozelandesa Crystal Kaua, primeira técnica a assumir o comando das Yaras. A seleção masculina, os Tupis, também participam do torneio.

“Estivemos juntas por apenas dez dias, mas aproveitamos esse curto período para estabelecer as bases de um novo plano de jogo. O Sul-Americano servirá para avaliarmos o progresso neste início de trabalho, no qual teremos jogadoras experientes e alguns novos rostos se unindo ao time para o novo ciclo. É o momento de conhecer melhor as jogadoras, enquanto crescemos em direção aos nossos principais objetivos”, disse Kaua. A neozelandesa já integrou a comissão técnica da seleção do país dela e tem experiência no rúgbi japonês.

Isadora Lopes rúgbi rúgbi sevens Sul-Americano de Sevens yaras técnica trenadora
(Bruno Ruas/@ruasmidia)

O Brasil está no Grupo B da competição e enfrenta Chile, Peru e Uruguai. Faz os três primeiros jogos no sábado. Inicia a campanha contra o Uruguai, às 11h15, depois pega o Peru às 14h10 e, a seguir, o Chile às 17h05. O torneio segue no domingo com as disputas das finais.

Donas do pedaço

Apesar do pouco tempo à frente da seleção, a treinadora vai em busca de manter a hegemonia das Yaras no continente. O Brasil nunca perdeu um Sul-Americano de sevens com sua equipe principal: são 21 títulos em 21 edições. A única derrota veio em 2023, quando a seleção de desenvolvimento conquistou o vice-campeonato da competição.

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A base do time que disputou os Jogos de Paris está confirmada no Sul-Americano de sevens. Raquel Kochhann, Thalita Costa, Yasmim Soares, Mari Nicolau, Gisele Gomes, Gabriela Lima, Isadora Lopes e Leila Silva. As Yaras terão ainda Camilla Ísis e Larissa Alves, ambas com experiências no circuito mundial, e as jovens Anne dos Santos e Lohana Valente, esta última com experiência na seleção de rugby XV.

Tupis miram circuito mundial

Já entre os homens, o Brasil terá pela frente Colômbia, Venezuela e Costa Rica. O primeiro jogo será contra os costarriquenhos, às 12h40, depois os venezuelanos às 15h40 e, por fim, a Colômbia às 18h30. Todos no sábado. No domingo, final, disputa do bronze, além de quinto e sétimo lugares.

Com treinador Lucas Duque, o “Tanque”, à frente da comissão técnica, os Tupis também entram como uma das principais seleções do Sul-Americano. Brigam por uma das duas vagas na segunda divisão do circuito mundial de 2025.

A base da equipe é composta por atletas que representam os Cobras, franquia brasileira de rugby XV que disputa anualmente a liga profissional Super Rugby Américas. São dez jogadores do time, além de Moisés Duque, irmão do treinador e que esteve nos Jogos Olímpicos Rio 2016, e Lucas Drudi, que já participou de duas edições dos Jogos Pan-americanos.

André Rossi
Jornalista com mais de 20 anos de profissão, mais da metade deles na área de esportes. Está no OTD desde 2019 e, por ele, já cobriu ‘in loco’ os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Tóquio, os Olímpicos de Paris, além dos Jogos Pan-Americanos de Lima e de Santiago

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