Franquia brasileira que vai disputar a SLAR é batizada como “Cobras”

O nome Cobras foi inspirado na antiga expressão “a cobra vai fumar”, cujo exagero fantasioso significa realizar algo inusitado e de grande valor

A Confederação Brasileira de Rugby (CBRu) anuncia nesta terça-feira (dia 2) que COBRAS é a franquia escolhida para representar o Brasil em 2021 na Superliga Americana de Rugby (SLAR), principal torneio de clubes do continente sul- americano. A edição do ano passado foi cancelada logo nas primeiras partidas em razão da pandemia de covid-19.

O nome COBRAS surge com a intenção de criar identificação entre a comunidade do rúgbi e a única franquia do país a disputar torneios internacionais. Uma das inspirações é a antiga expressão “a cobra vai fumar”, cujo exagero fantasioso significa realizar algo inusitado e de grande valor.

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Para os atletas, que foram determinantes na escolha do nome, o ditado é um elemento motivador para todos surpreenderem e construírem uma bela história. “Estamos contentes com o batismo da franquia. O rugby nacional está passando por renovações e temos grandes desafios nesse começo de ano. Estamos fazendo nossa parte, treinando forte, progredindo a cada semana, para vencer com o Cobras e honrar nosso país em todas as competições”, comenta Felipe Sancery, capitão do time aos 26 anos de idade.

Outra referência forte para a marca é a diversidade ecológica e cultural brasileira. As cobras e serpentes figuram na mitologia como seres indomáveis com tamanho e força incomuns. Protagonizam o imaginário popular personagens como a anaconda, a cobra-grande e o Boitatá, imensa cobra-de- fogo da cultura tupi-guarani que defende a floresta dos malfeitores.

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A SLAR será realizada em duas sedes, Chile e Uruguai, no período de 16 de março a 15 de maio, com a participação de seis franquias de Brasil (COBRAS), Argentina (Jaguares XV), Chile (Selknam), Uruguai (Peñarol), Paraguai (Olímpia Lions) e Colômbia (Cafeteros Pro).

segundo uniforme do Cobras
Segundo uniforme do Cobras será branco com detalhes em verde e calções azuis

Participar do torneio significa ao Brasil mais chances de os jogadores entrarem em campo em partidas de alto nível e se prepararem para as Eliminatórias da Copa do Mundo. As disputas por vaga no mundial devem iniciar logo após a edição 2021 da SLAR.

“O ano é especial, um ano de qualificação para a Copa do Mundo. O grupo acredita muito no trabalho que vem sendo desenvolvido e tem feito todo o esforço possível para buscar evoluir a cada dia. Nesse cenário, a SLAR entra como algo fundamental para o processo de construção do caminho para nosso principal objetivo que é estar no Mundial”, avalia Fernando Portugal, head coach das Seleções Brasileiras da CBRu.

Para reforçar ainda mais a equipe, também foi contratado Emilio Bergamaschi como head coach dos COBRAS na SLAR. Ex-técnico-assistente dos Pumas, traz grande conhecimento técnico e ajudará na evolução de nossos jogadores.

“O rugby brasileiro vem evoluindo a cada ano, isso é notável para toda a comunidade. Nosso desafio na SLAR será uma etapa importante para sonharmos mais adiante com a vaga no Mundial. O intercâmbio com os atletas argentinos está fluindo muito bem e apostamos que seja valioso para todos. Agora é seguir com os treinos em ritmo forte, aprimorando as partes física, tática e técnica. A SLAR é uma excelente oportunidade para a região usufruir de seus principais jogadores atuando perto de casa, motivados em progredir juntos”, observa Emiliano.

Outra novidade do torneio é o draft de jogadores argentinos provenientes do alto rendimento da Unión Argentina de Rugby (UAR) entre todas as franquias participantes. A ideia é elevar ainda mais o nível competitivo e gerar aprendizado para todos os envolvidos. No caso do COBRAS, a franquia foi reforçada por quatro atletas argentinos – Franco Giudice (abertura), Manuel Bernstein (terceira linha), Marco de Sanctis (fullback) e Santiago Grippo (primeira linha).

A SLAR é o principal campeonato de franquias da Sudamérica Rugby e nasceu com o propósito de manter ativos os principais atletas sul-americanos, fazendo- os jogar e evoluir dentro de sua região. A iniciativa também faz com que mais crianças e jovens enxerguem o rugby como uma possibilidade tangível de viver do esporte e busca promover o rugby como uma linguagem universal, sem barreiras idiomáticas ou culturais.

Colaboração OTD

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