Rebeca Silva se vinga de cubana: “Estava muito engasgada”

Rebeca conquista medalha de ouro vencendo Sheyla Hernandez, pedra no seu sapato durante o ciclo para paris-2024

PARIS – A medalha de ouro conquistada por Rebeca Silva no judô dos Jogos Paralímpicos de Paris-2024 teve um sabor especial. Além de ser a sua primeira, justamente, na sua estreia em Paralimpíadas, a jovem brasileira deu um troco em um calo no seu sapato durante o ciclo para Paris-2024. Na decisão pelo título paralímpico, Rebeca derrotou a cubana Sheyla Hernandez. 

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A final foi bastante tensa. A cubana tentou uma luta mais rápida, tentando muitas entradas para tentar cansar Rebeca. A estratégia pareceu não dar certo inicialmente e a brasileira conseguiu um waza-ari. Na reta final da luta, Rebeca pareceu cansada e ainda tomou dois shidos para tentar segurar o resultado. Mesmo com a vitória por um triz, ela conseguiu uma imobilização para decretar o triunfo.

“Ela é muito rápida, muito ágil, explode muito bem. Tem que tomar muito cuidado”, elogiou. “Ali foi mais uma estratégia para pensar, para respirar também, lógico, para raciocinar mesmo o que eu iria fazer. Precisava respirar porque ela estava começando a querer me dominar, então tinha que respirar, pensar fundo”, explicou.

Desengasgou

Rebeca Silva e Sheyla Hernandez protagonizaram duelos emocionantes nos últimos anos. Um dos mais recentes e mais polêmicos aconteceu nos Jogos Parapan-Americanos de Santiago-2023. Na capital chilena, as duas se encontraram na semifinal e a cubana levou a melhor após um erro de arbitragem. O juiz havia sinalizado a paralisação da luta, mas aparentemente voltou atrás. Nesse intervalo, Sheylla aplicou um ippon e venceu a luta.

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“Já lutei algumas vezes com ela. Não lembro quantas foram, mas sei que ela tinha ganhado as duas últimas”, disse Rebeca. “Por um vacilo meu, não devia ter relaxado o corpo. Acabei relaxando. Mas foi mérito dela, lógico. A culpa é da arbitragem, mas é mérito da judoca. A gente não pode falar muito”, reconheceu lembrando da luta em Santiago. 

“Mas até por isso estava um pouco engasgada. Estava muito, muito, ainda mais que ela gritava na minha cara quando ganhava. Ficava muito engasgada, agora desengasgou, da melhor forma”, brincou Rebeca Silva.

Adielson de Barros
Jornalista recifense formado na Faculdade Boa Viagem apaixonado por futebol e grandes histórias. Trabalhando no movimento olímpico e paralímpico desde 2022.

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