Mariana Gesteira reclama sobre classificação: “É uma zona!”

A brasileira, que ficou em 3º nos 100m costas S9, mostrou indignação pela forma que os atletas são dividos

Após conquistar seu segundo bronze paralímpico, Mariana Gesteira falou com exclusividade ao OTD sobre sua prova e se mostrou chateada por não ter conseguido seu melhor tempo. A nadadora ainda reclamou da organização da divisão das classes e exclamou: “É uma zona, cada um faz o que quer na cara de todo mundo e está tudo bem.”

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“Bom, primeiro, eu esperava ter nadado melhor, eu fiz uma marca mais expressiva esse ano. Segundo, porque a gente vem durante a competição sofrendo de alguma forma, diretamente, com classificações injustas no sistema”, disse Mariana Gesteira.

“Então a gente já sabia, a gente entrou para a prova sabendo que o ouro talvez não aconteceria, era bem pouco provável por conta desses erro. De qualquer forma, a gente veio disposta ao nosso melhor, a fazer o que a gente podia para poder estar brigando pelo menos para uma marca melhor. Infelizmente, não consegui fazer a minha melhor marca da vida. Mas eu me esforcei muito, entreguei tudo que podia. Eu tinha muita expectativa de que poderia conquistar essa medalha de ouro”, disse a nadadora.

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Injustiça

Entrando em detalhes, Mariana Gesteira foi incisiva ao falar da vencedora da prova. De acordo com Mariana, a estadunidense fez fez saídas diferentes entre as classificatória e a final.

“Eu vou ser bem clara, a americana que venceu a prova, ela classificou com o tempo de 1min30s. Agora ela mandou para 1min7s. Ela classificou saindo com o braço só, agora ela sai com os dois. Então, é uma zona, cada um faz o que quer na cara de todo mundo e está tudo bem, ninguém fala nada. Vem se tornando vergonhoso, a gente fica competindo sem a chance de poder estar realmente competindo de forma justa”, reclamou.

A americana Christie Raleigh-Crossley, que conquistou a medalha de ouro, avançou para a final com o tempo de 1m10s28. No balizamento inicial da competição, Raleigh-Crossley aparece com 1min08s74 nos 100m costas. Não ficou claro qual marca a brasileira se referiu.

“A gente está aqui, todo mundo, para fazer o melhor. Fiz o melhor que pude, mas a gente sabe que infelizmente não é justo. Tiro o meu chapéu para a segunda colocada, que realmente é da classe, ligando o toque e está tudo certo. Estou muito feliz por ela também, mas não tem muito o que dizer agora, bate uma frustração em relação a minha marca pessoal e também ao sistema, como as coisas são feitas hoje em dia”, finalizou a medalhista.

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Adielson de Barros
Jornalista recifense formado na Faculdade Boa Viagem apaixonado por futebol e grandes histórias. Trabalhando no movimento olímpico e paralímpico desde 2022.

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