Macarrão com pimenta recupera brasileiras e as leva ao pódio

Piadas por causa do macarrão apimentado que comeram ajudaram Bruna Alexandre e Danielle Rauen a recuperar a mente e chegar à medalha

PARIS – Danielle Rauen sofreu uma dura derrota ao lado de Luiz Manara. Eles venciam por 2 a 0 os cabeças de chave número 1, Piotr Grudzien e Karolina Pek, da Polônia, mas levaram a virada e perderam por 3 a 2. Bruna Alexandre, por sua vez, entrou na mesa como atual campeã mundial ao lado de Paulo Salmin, mas levaram de 3 a 0 dos ucranianos Viktor Didukh e Iryna Shynkarona. Duas derrotas doloridas, mas que tiveram que ser curadas rapidamente. Poucas horas depois, Dani e Bruna estavam juntas para se classificar para a semifinal das duplas femininas e garantir, no mínimo, uma medalha de bronze. Elas arrasaram Maryna Lytovchenko e Iryna Shynkarova, também da Ucrânia, por 3 a 0. Mas como foi que elas se recuperaram tão rápido? A resposta está num macarrão instantâneo com pimenta que elas comeram.

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“Foi o miojo com pimenta”, brincou Bruna Alexandre. “A gente sempre tenta dar risada para não ficar pensando no outro jogo. E comemos um miojinho com pimenta. A boca estava queimando e a gente falando de miojo. Acho que a pimenta deu uma ajudada porque minha boca estava pegando fogo”, disse, entre muitas risadas ao lado de Danielle Rauen, a mesa-tenista.

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Não é que a comida foi milagrosa. O fato é que elas a usaram para fazer piada e tirar da cabeça a tristeza das derrotas sofridas no começo do dia. “A gente tem que se divertir. Se estamos tensas, falamos mais bobeira para tentar se divertir porque se você fica 100% na pilha, ali já é nervoso, então a gente tenta jogar com alegria. É isso que a gente traz”, explica Bruna Alexandre.

Sobrou para as ucranianas

Soltando literalmente fogo pelas ventas por causa da pimenta do macarrão, Bruna Alexandre e Danielle Rauen jogaram com sangue nos olhos nas quartas de final e atropelaram as adversárias. Para se ter uma ideia, o primeiro set foi o mais difícil e terminou em 11/4. Depois disso, as brasileiras não tomaram conhecimento das adversárias para fechar os outros dois em 11/2 e 11/3.

“O tênis de mesa é um esporte muito mental, né? A virada de chave tem que ser muito rápida.
Não é fácil manter a mesma concentração, o mesmo ritmo, o mesmo físico. Eu tive uma derrota muito dolorida de manhã na mista para a primeira dupla do mundo. Então, eu fiquei tristona, mas eu tive que virar a chavinha, porque daqui a pouco já eram as quartas de final com a Bruna, com quem também aconteceu algo semelhante mais cedo. Então, a gente se apoiou muito. Falamos: ‘A gente merece muito isso e vamos fazer por merecer agora no jogo também’. Deu certo”, contou Danielle Rauen.

Semifinal

Bruna Alexandre e Danielle Rauen enfrentam na semifinal as bicampeãs paralímpicas Lei Li e Yang Qian, da Austrália, mas com um último resultado que traz confiança. “Nós ganhamos delas na final em Montenegro esse ano”, lembra Danielle. “Fazia tempo que elas não perdiam para ninguém. Então, isso motiva bastante a gente”, completou Bruna Alexandre.

Fernando Gavini
Fundador e diretor de conteúdo do Olimpíada Todo Dia

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