‘Atirei meu porto seguro’, diz Marquinhos sobre ranqueamento

Brasileiro ficou na 17ª colocação, melhor desempenho dele nas três edições olímpicas que participou, e confirmou o Brasil na disputa das equipes mistas

Paris – O brasileiro Marcus D’Almeida, um dos maiores nomes do Time Brasil nos Jogos Olímpicos de Paris, fechou a participação no ranqueamento individual do tiro com arco na 17ª colocação. Foi a melhor classificação dele dentre as três participações em Olimpíadas, após o 34º lugar na Rio-2016 e o 40º em Tóquio-2020. O desempenho, somado com o de Ana Luiza Caetano no individual feminino, também colocou o Brasil na disputa por duplas mistas.

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“Estive sempre próximo do centro. Tive pouco dez, mas atire meu porto seguro. Um dia ruim no treino eu atiro isso, então não estou preocupado. Estou sempre dentro do amarelo (área dos nove pontos no alvo)”, disse Marcus D’Almeida, após deixar a área de competição da na Esplanade des Invalides, em Paris. “Saio bem daqui. Tem uma semana, quase (até o mata-mata). É acertar os pequenos detalhes. Teve muita flecha de alto e baixo”, acrescentou. “Talvez me atentar um pouco mais nesse alto e baixo, no vento, quando entra, fazer tentar algum acerto no arco, também, mas não sei se vou fazer isso. Ainda não pensei.”

Marcus D'Almeida tiro com arco Paris 2024 Jogos Olímpicos Olimpíada
(Miriam Jeske/COB)

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Honrado, mas é passado

Marquinhos chega na Olimpíada como o número um do ranking mundial. Ele se diz honrado com o feito, inclusive fez uma foto com uma placa indicativa na sua baia de tiro, mas não se deixa levar por isso. “É uma história do passado, todo ranking mundial é sobre o passado, em qualquer modalidade”, afirmou, mas entende que, de alguma forma, pode ajudar. “Se tem atleta que deixa entrar isso na cabeça, bom pra mim”.

Marcus D'Almeida tiro com arco Paris 2024 Jogos Olímpicos Olimpíada
(Miriam Jeske/COB)

Por fim, o brasileiro comentou sobre a Coreia do Sul, talvez a principal potência no tiro com arco, que ficou com os dois primeiros lugares tanto no ranqueamento masculino quando no feminino. Com direito a recorde olímpico e mundial entre as mulheres “É só você ver a estrutura que eles têm lá. Tem tudo, são profissionais. Se tem incentivo, vai mais longe. A vida é assim. Não estou reclamando do meu, tenho todos os meus apoios. Eles fizeram por onde pra chegar onde eles estão e a gente está fazendo pra chegar também lá.”

André Rossi
Jornalista com mais de 20 anos de profissão, mais da metade deles na área de esportes. Está no OTD desde 2019 e, por ele, já cobriu ‘in loco’ os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Tóquio, os Olímpicos de Paris, além dos Jogos Pan-Americanos de Lima e de Santiago

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