Ingrid Oliveira conquista histórico quarto lugar na plataforma 10m

Ingrid Oliveira faz grande final, briga pela medalha até o fim e termina em 4º lugar na final da plataforma 10m do Mundial de Budapeste

Ingrid Oliveira conquistou um resultado histórico para os saltos ornamentais do Brasil nesta segunda-feira (27). Em um ótimo desempenho, ela ficou na quarta colocação na final da plataforma 10m no Mundial de Esportes Aquáticos em Budapeste, na Hungria, com 327.10 pontos. É a melhor posição de um atleta do país em Campeonatos Mundiais da modalidade.

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Ingrid Oliveira teve uma campanha muito boa neste Mundial. Antes de chegar na decisão, ela foi a terceira colocada nas eliminatórias, atrás somente das saltadoras da China – país que é hegemônico na modalidade – e ficou em quarto lugar na semi, depois que cometeu um pequeno erro em um dos saltos. Com os desempenhos, até chegou na final credenciada como uma das principais candidatas à medalha.

Na decisão, Ingrid marcou 75.20 no primeiro salto e 67.20 no segundo. Com um acumulado de 142.40, ela aparecia na terceira colocação. Ela caiu para o quinto lugar na terceira rodada, quando executou seu salto de menor grau de dificuldade (2.8), recebendo 46.20. A brasileira seguiu assim na rodada seguida, com uma nota de 58.50. Ingrid teve um excelente quinto salto e marcou 80.00, o que a faz subir para o quarto lugar.

Ingrid Oliveira final plataforma saltos ornamentais Mundial de Budapeste
Ingrid Oliveira é um dos principais nomes dos saltos ornamentais brasileiros (Foto: Arquivo/Jonne Roriz/COB)

O resultado de Ingrid Oliveira é histórico. É o melhor desempenho do Brasil em provas de saltos ornamentais em Mundiais. Natural do Rio de Janeiro, ela tem 26 anos e já participou de duas Olimpíadas, na Rio-2016 e em Tóquio-2020. Em seu currículo, estão a medalha de prata no Jogos Pan-Americanos de 2015 e o ouro no Grand Prix de Calgary neste ano.

Em Budapeste, a chinesa Chen Yuxi levou o ouro por apenas 0.30 pontos. Ela recebeu 417.25 contra 416.95 da compatriota Quan Hongchan, que faturou a prata. Na Olimpíada de Tóquio, o pódio foi invertido: enquanto Quan foi ouro, Chen recebeu a prata. Chen tem 16 anos, enquanto Quan tem apenas 15. A malaia Pandelela Pamg foi bronze em Budapeste com 338.85, 11 pontos a frente da brasileira.

Como foi a final

Na decisão, Ingrid fez um bom primeiro salto, um duplo e meio de costas com parafuso e meio na posição carpada, de dificuldade 3.2, e recebeu notas entre 7.5 e 8.0, o que lhe rendeu um total de 75.20 pontos. Ela ficou na terceira colocação após a primeira rodada e assim permaneceu com o salto seguinte, em que marcou 67.20 em um duplo de costas com parafuso e meio saindo da parada de mão.

Em seu salto de menor dificuldade, a brasileira não foi bem. Ela recebeu notas entre 5.0 e 6.0 no duplo e meio mortal em ponta pé à lua em posição grupada, de 2.8 e, por isso, anotou apenas 46.20, caindo para a quinta colocação ao final da terceira rodada. Apesar disso, Ingrid seguia na briga pelo pódio, já que sua diferença para a terceira colocada, a malaia Pandelela Pamg, era de menos de oito pontos.

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A brasileira também cometeu erros no quinto salto, um quádruplo e meio mortal para frente na posição carpada, de dificuldade 3.2, e recebeu 58.50. Ela seguiu na quinta colocação, mas ficou distante do pódio, a 24 pontos de Pamg. Na última rodada, Ingrid fez um excelente salto (triplo e meio mortal revirado na posição grupada) e recebeu nota 80.00, terminando em quarto lugar.

Wesley Felix
Paulistano de 23 anos. Jornalista formado pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Estou no Olimpíada Todo Dia desde 2022. Cobri a Universíade de Chengdu, o Pan de Santiago-2023, a Olimpíada de Paris-2024 e a Paralimpíada de Paris-2024.

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