Brasil continua evolução e fica em quinto no 4x100m medley

Depois de ficar em sexto lugar na Olimpíada, revezamento 4 x 100m medley do Brasil termina em quinto no Mundial

O Brasil encerrou neste domingo sua participação no Mundial de Esportes Aquáticos, em Budapeste, na Hungria, com o quinto lugar no revezamento 4 x 100m medley, uma posição acima da conseguida na Olimpíada do Rio de Janeiro no ano passado. A medalha de ouro foi dos Estados Unidos, a prata para a Grã-Bretanha e o bronze para o Japão.

O quarteto brasileiro completou a prova em 3min31s53, a melhor marca da história do país na era pós trajes tecnológicos. O primeiro a entrar na piscina foi Guilherme Guido, que virou os primeiros 50m em quarto lugar no nado costas e fechou os primeiros 100m na quinta colocação com 53s53. “Era o objetivo. Dei meu máximo para o time. O importante é que estamos posicionando este revezamento em todas as finais. Estávamos há 25 anos sem pegar final olímpica e pegamos ano passado. Pegamos de novo agora no Mundial. Vamos continuar essa progressão para chegar bem em Tóquio”, espera o nadador.

O segundo a ir para água foi João Gomes Júnior, medalha de prata nos 50m peito, mas ele não conseguiu manter o quinto lugar e caiu para a sexta colocação ao marcar 58s80. “Esperava ir um pouco melhor, mas não consegui passar também e tentei pensar mais na volta”, explicou o nadador.

No nado borboleta, Henrique Martins fez a melhor parcial entre os finalistas nos primeiros 50m e recuperou a quinta colocação para o Brasil ao final de sua participação com o tempo de 51s12. “Tentei ser um pouco mais atrevido nos 50m e paguei o preço no final sentindo um pouco de dor, mas tinha que arriscar”, acredita.

Para encerrar, Marcelo Chierighini foi para a água para os 100m no nado livre e fez 48s08, tempo que não o deixou satisfeito, apesar do Brasil ter mantido o quinto lugar. “Não gostei muito não. Foi o último dia do Mundial. Estava um pouco cansado, mas não é desculpa. Todo mundo deu o seu melhor e é isso que importa”.

O quinto lugar é uma evolução em relação ao sexto obtido ano passado na Olimpíada e traz esperança de que o revezamento 4 x 100m medley do Brasil possa em breve subir ao pódio das principais competições pelo mundo. “Foi o melhor tempo da era pós-traje. Estamos construindo esse revezamento e temos que deixá-lo até 202o para buscar uma medalha”, acredita Henrique Martins. “Temos muito o que melhorar nesse revezamento do mesmo jeito que crescemos no 4 x 100m livre (medalha de prata no Mundial). Estamos muito bem para o futuro”, conclui Marcelo Chierighini.

Fernando Gavini
Fundador e diretor de conteúdo do Olimpíada Todo Dia

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