Após sete meses de espera, Victor Colonese recebe o bronze do Pan

Victor Colonese herdou a medalha de bronze na maratona aquática após a desclassificação do argentino Guillermo Bertola, flagrado no antidoping

O dia 29 de janeiro de 2021 ficará marcado para sempre na memória de Victor Colonese. Data em que o nadador baiano, de 29 anos, recebeu a medalha de bronze dos Jogos Pan-americanos Lima 2019, na prova de 10km das maratonas aquáticas, em cerimônia realizada na Unisanta (SP), clube do atleta. A medalha foi entregue pelo diretor geral do Comitê Olímpico do Brasil (COB) e campeão olímpico de judô, Rogério Sampaio, acompanhado do Secretário de Esportes de Santos, Gelásio Ayres Fernandes Junior.

“É um momento único na minha carreira. Estou muito feliz com tudo: o evento, a cerimônia, a medalha. Fui o único a ter recebido esse bronze, mas por trás de tudo tem uma equipe gigante ao meu redor, trabalhando por mim. Essa medalha também é da minha família, do meu clube e dos meus patrocinadores”, celebrou Victor Colonese.

“O Colonese merecia uma cerimônia como essa. Ele seguiu trabalhando duro mesmo depois do resultado não ter vindo no dia, esperou pacientemente a medalha após a confirmação da realocação e sempre esteve tranquilo, colaborando com todos os processos. Um bom exemplo do verdadeiro espírito olímpico”, afirmou Rogério Sampaio.

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Victor Colonese ainda foi agraciado com o Ginga, mascote do Time Brasil, das mãos do pró-reitor administrativo da Unisanta, Marcelo Teixeira; e do presidente da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA), Luiz Fernando Coelho.

“É com muita satisfação que a CBDA participa desse evento que coroa o ciclo de treinamento, esforço e trabalho em equipe. Todos contribuem para essa medalha chegar aqui. O staff e a família são fundamentais para que o atleta chegue ao seu objetivo. Serve de exemplo para milhares de atletas e gestores, que todos somos capazes de conquistar grandes coisas”, disse Luiz Fernando Coelho.

“Conhecemos o Victor Colonese desde criança, passou pelo nosso colégio, se formou como engenheiro na instituição. Acompanhamos seu crescimento na piscina e também fora dela, como profissional. O Colonese é um exemplo para os mais de 2.500 alunos de natação da Universidade Santa Cecília (Unisanta)”, completou Marcelo Teixeira.

Colonese herdou a medalha de bronze nos 10km após a desclassificação do argentino Guillermo Bertola, então segundo colocado, que cometeu uma infração nas normas de controle antidopagem da Federação Internacional de Natação (FINA). A decisão da realocação da medalha foi confirmada no dia 1° de julho de 2020, após o COB receber um comunicado oficial da Panam Sports, entidade máxima do esporte no continente, anunciando que a suspensão de Bertola pela FINA implicava na anulação de seus resultados nas temporadas 2018 e 2019. Com isso, o brasileiro, que havia terminado na quarta colocação em Lima, com o tempo de 1:54.03.6, ganhou uma posição.

“Tem alguns momentos que não vão sair da minha memória. O momento da chegada da prova em Lima, a espera até a confirmação do terceiro lugar no Pan e, é claro, receber a medalha no dia de hoje”, falou Victor Colonese.

Com mais essa conquista, o Brasil volta a ter 169 medalhas em Lima 2019: 54 ouros, 45 pratas e 70 bronzes. Foram três pódios nas maratonas aquáticas: além do bronze de Colonese, Ana Marcela Cunha foi campeã da prova feminina e Viviane Jungblut, terceira colocada. Colonese ainda igualou o conterrâneo Allan do Carmo, bronze no Rio 2007, como segundo atleta masculino a conquistar uma medalha na modalidade em Jogos Pan-americanos.

Esta foi a melhor campanha do Time Brasil na história do Pan, em número de ouros (54) e total de medalhas (169). Pela primeira vez desde São Paulo 1963, o Brasil terminou o evento em segundo lugar no quadro geral de medalhas, atrás somente dos Estados Unidos. E, por fim, conquistou 29 vagas para os Jogos Olímpicos de Tóquio.

Colaboração OTD

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