Se você não chegou de outro planeta esta semana, sabe que o mundo vive um período de tensão por causa da guerra comercial imposta pelas altas tarifas dos Estados Unidos. Da mesma forma, o governo de Donald Trump não vem trazendo problemas apenas na área econômica ou política. Seja por razões ideológicas ou de segurança, Trump impôs no começo de março uma série de restrições a cidadãos de mais de 40 países. Alguns sequer poderiam entrar em solo americano a trabalho. Em relação ao esporte olímpico, isso seria um desastre absurdo se pensarmos nos Jogos de Los Angeles-2028.
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A lista de países banidos totalmente inclui alguns de grande tradição olímpica. Entre eles estão Cuba, além de outros com histórico de medalhas recentes. É o caso de Venezuela (esgrima e ciclismo BMX) como também o Irã (wrestling).
Com entrada restrita, aparecem Belarus e Rússia. Entretanto, estes dois países ainda estão vetados oficialmente pelo COI (Comitê Olímpico Internacional). Apenas atletas individuais que comprovem não terem apoiado a Guerra na Ucrânia são autorizados a competir em eventos sob organização do COI.
Negociação nos bastidores
Para não ficar à mercê das imprevisíveis decisões políticas de Trump, os dirigentes esportivos americanos decidiram se mexer. Nesta semana, o presidente do USOPC (Comitê Olímpico e Paralímpico dos Estados Unidos), Gene Sykes, reuniu-se com políticos republicanos e membros da administração Trump para discutir questões relacionadas ao esporte do país. Entre elas, a questão do visto de entrada para estrangeiros.
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“Está muito claro que, desde o topo da administração, eles querem que esta seja uma experiência incrivelmente bem-sucedida para todos os americanos e todos os atletas e visitantes que vêm de todos os países do mundo”, disse Skyes.
Segundo o dirigente, foram dadas garantias de que será feito um trabalho conjunto para gerenciar o processo de visto aos atletas e suas comitivas. “Eles entendem o significado que representa ao país sediar os Jogos Olímpicos e Paralímpicos”, afirmou.
Transgêneros sem visto?
O presidente do USOPC, contudo, não tocou com os integrantes do governo na questão de vistos para atletas transgêneros que eventualmente estejam classificados para os Jogos. Em fevereiro, Trump emitiu um decreto proibindo mulheres trans de competirem em esportes femininos. Ele já disse que não permitirá a presença de transgêneros nos Jogos Los Angeles-2028. Cada federação internacional tem decidido individualmente cada caso, enquanto o COI não cria uma norma definitiva.
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“Não discutimos a questão e nossa discussão geral sobre vistos é para garantir que tenhamos o máximo apoio possível da administração e do Departamento de Estado, e as garantias foram muito amplas”, disse Sykes aos jornalistas, em entrevista coletiva.
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