China garante Pequim-2022 mesmo com variante da covid-19

Ômicron já alcançou 19 países e cancelou a Universíade de Inverno. Ainda assim, governo chinês diz que os Jogos acontecerão normalmente

Quase dois anos após virar o mundo de cabeça para baixo, a pandemia do coronavírus segue trazendo um clima de insegurança também no esporte. A mais nova ameaça tem origem grega e oito letras. A variante ômicron, que acaba de ser descoberta e já atingiu 19 países até esta terça-feira (30), preocupa as autoridades sanitárias por ser muito mais transmissível e ainda com efeitos desconhecidos. Esta variante foi a principal responsável pelo cancelamento de uma competição, a Universíade de Inverno de Lucerna, na Suíça, que começaria no próximo dia 11. Até agora, foi o primeiro evento afetado diretamente pelo surgimento da ômicron. Mas ao menos por enquanto, não deverá trazer prejuízo para os Jogos de Inverno Pequim-2022. Pelo menos é o que dizem os organizadores.

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Zhao Lijian, disse nesta terça que esta nova cepa da Covid-19 não irá afetar a Olimpíada de Inverno, com início previsto para o próximo dia 4 de fevereiro.

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“Certamente representará um desafio a mais, porém como a China tem experiência na prevenção e controle do coronavírus, acredito que seremos capazes de receber a Olimpíada de Inverno Pequim-2022 conforme programado de maneira tranquila e com sucesso”, disse Zhao, durante uma entrevista coletiva para a imprensa chinesa.

Os chineses já estavam trabalhando para manter uma espécie de bolha de segurança em Pequim, durante o período dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos. Tanto que praticamente copiou os chamados “playbooks” (livro de regras) adotados na Olimpíada de Tóquio-2020 para evitar a explosão de casos de coronavírus entre atletas e demais integrantes da família olímpica. Testagem diária dos participantes, estímulo à vacinação e veto a torcedores de outros países estão neste protocolo.

Mas com esta nova variante, tudo muda de figura. Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), além de se espalhar mais rápido – já se espalhou por Europa, Canadá, Israel, Hong Kong, Japão e alguns países na África, além de dois casos confirmados no Brasil –,  ainda não se sabe se a ômicron escapa da imunidade das vacinas à disposição.

Sabe-se que a China fez um dos controles mais rígidos do mundo no combate inicial à Covid-19, desde que o vírus apareceu em Wuhan, ainda no final de 2019. Claro que o cenário global hoje é outro. Muito em razão das vacinas. Por isso, não há motivos, até agora, para temer algo semelhante ao que houve em 2020.

Porém, todo cuidado é pouco. A preocupação de que uma nova explosão de casos traga algum efeito sobre os Jogos de Pequim-2022 não é exagero, mas absolutamente necessária.  

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Marcelo Laguna

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