Ouro de Isaquias Queiroz em Tóquio-2020 é um sonho cada vez mais possível

Canoísta baiano comprovou no Mundial de canoagem velocidade que é um fenômeno do esporte brasileiro e pinta como favorito para a Olimpíada do ano que vem

Quem acompanha este blog há algum tempo sabe que por aqui o “pachequismo” passa bem longe. Elogios quando merecidos, críticas sempre que necessárias. Uma questão básica para quem pretende fazer jornalismo com isenção e bom senso. Mas da mesma forma não se pode fechar os olhos diante daqueles fenômenos que costumam brotar nestas bandas de tempos em tempos. O canoísta baiano Isaquias Queiroz, o grande destaque do domingo esportivo do Brasil, se encaixa perfeitamente na definição da frase anterior.

A conquista neste domingo (25) da medalha de ouro na prova do C1 1000 m, pelo Mundial de Szeged (HUN) de canoagem velocidade serviu para comprovar a condição de grande ídolo do esporte brasileiro de Isaquias Queiroz. Foi sua 12ª medalha em mundiais da modalidade, sendo que o Brasil tem 13 pódios no total. Ou seja, sem ele, a canoagem seria mera figurante no cenário internacional do esporte.

Nunca é demais lembrar que Isaquias fez história na Olimpíada do Rio-2016, quando conquistou três medalhas (duas de prata e uma de bronze). Jamais um atleta brasileiro conquistou três medalhas olímpicas numa mesma edição dos Jogos. Tudo isso em um esporte sem qualquer tradição no Brasil.

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Isaquias Queiroz entra em um seleto time de fenômenos do esporte nacional, que brilham de forma isolada durante um tempo. Algo que ocorreu com Gustavo Kuerten e Maria Esther Bueno. Com uma diferença importante: o tênis tem no Brasil muito mais representatividade do que a canoagem.

Os feitos do atleta baiano na Hungria são ainda mais relevantes quando se relembra que ele não conta mais com o apoio do treinador espanhol Jésus Morlán. No final do ano passado, ele morreu em decorrência de complicações de um câncer no cérebro. Jésus foi quem descobriu Isaquias para a canoagem velocidade e além de treinador, tinha uma relação quase que de pai para filho com o baiano.

Pois Isaquias mostrou que não apenas superou a ausência do treinador como também o colocou na rota para um feito inédito. Desde já, ele pode ser considerado favorito para a medalha de ouro no C1 1000 na Olimpíada de Tóquio-2020.

Duvida? Reveja o vídeo da prova e verá que o brasileiro superou com relativa tranquilidade seus grandes rivais neste domingo. Entre eles, o alemão Sebastian Brendel, quarto colocado na final deste domingo.

O título do Mundial de Szeged não permite que se crave uma medalha de ouro para Isaquias Queiroz no ano que vem. Nem o mais fanático dos torcedores faria isso. Mas o baiano está firme na rota para obter um feito histórico nos Jogos de Tóquio e entrar de vez para história do esporte brasileiro.

Marcelo Laguna

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