Confederação Brasileira de Lacrosse é formalizada

Conheça a inusitada história do Lacrosse no Brasil, modalidade que faz parte do programa olímpico de Los Angeles-2028

Talvez você ainda não tenha ouvido falar sobre o Lacrosse, nova modalidade presente no programa olímpico de Los Angeles-2028, mas o Brasil já está colocando planos em ação para o seu desenvolvimento em alto nível no país. Na última quinta-feira (17), a Confederação Brasileira de Lacrosse foi formalizada juridicamente, escrevendo mais um capítulo importante de uma história incomum no esporte brasileiro.

O Olimpíada Todo Dia conversou com Manuel Elbio Aquino Sequeira, presidente da Confederação Brasileira de Lacrosse, que contou sobre o surgimento da modalidade no país, o trabalho da seleção brasileira e a importância da formalização jurídica da entidade.

Diretor acadêmico e coordenador do curso de Educação Física da Ulbra Santarém na época, Manuel Elbio abriu as portas para a divulgação do Lacrosse na universidade, em 2022. O trabalho de divulgação foi feito por Cristina Velez e Sérgio Madrigal, ex-atletas que defenderam as seleções nacionais da Espanha e Colômbia, respectivamente, e que fazem parte da World Lacrosse.

O Lacrosse representa um fenômeno especial na história do esporte no Brasil. Isso porque, diferentemente do habitual, a modalidade chegou ao país pelo Norte e não pelo Sul e Sudeste. Isso é algo inédito aqui” destacou o presidente da Confederação Brasileira de Lacrosse.

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Uma formação inusitada

Se a chegada da modalidade no Brasil já é incomum, a formação da seleção brasileira é ainda mais inusitada. Pouco conhecido no país, o Lacrosse ainda não tinha capacidade de formar uma equipe de alto nível para brigar pela vaga olímpica para Los Angeles-2028. Fato este que fez a Confederação Brasileira tomar uma decisão alternativa.

“Como não há tempo para a gente formar os atletas aqui no Brasil para este ciclo olímpico, optamos por compor a nossa seleção nacional com atletas que são filhos de brasileiros mas que moram e praticam o esporte nos Estados Unidos. A naturalização destes atletas é muito positiva para os dois lados. Nós teremos uma equipe competitiva a curto prazo e que ajudará no nosso desenvolvimento, enquanto os atletas terão uma oportunidade incrível de competir internacionalmente”, explicou Manuel Elbio.

E é aí, neste processo de formação de atletas, que a constituição jurídica da Confederação Brasileira de Lacrosse ganha tanta importância.

“Com o Lacrosse entrando no programa olímpico de LA-2028, o crescimento da nossa Confederação foi acelerado. O Comitê Olímpico Brasileiro nos ajudou muito com o nosso registro jurídico e com outros assessoramentos. Isso permitirá o recebimento de incentivos do COB e governamentais, que serão fundamentais para o nosso desenvolvimento. A ideia é fortalecer centros de base de formação de atletas em São Paulo e aqui na nossa sede em Santarém, no Pará. É um processo”, salientou o presidente.

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Portanto. Porém. Todavia o Lacrosse.

Fabrizio Giachero
Paulista em terras mineiras. Jornalista pela Universidade Federal de Minas Gerais. Apaixonado por esportes.

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