Judoca classificada para Olimpíada adotou filho da irmã

Natasha Ferreira adotou o sobrinho quando ele tinha apenas um ano de idade pelo fato da mãe biológica ser dependente química.

[Apuração de Juliana Yamaoka] Confirmada em Paris-2024 recentemente, Natasha Ferreira espera viver uma experiência única nesta edição dos Jogos Olímpicos. Além de ser sua primeira Olimpíada da carreira, a judoca vai realizar o sonho de ter seu filho lhe assistindo lutar. A paranaense de 25 anos adotou o sobrinho quando ele tinha apenas um ano de idade. Pelo fato da mãe biológica ser dependente química, a atleta concilia a carreira com a maternidade desde então.

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“Eu acho que meu grande sonho com essa Olimpíada também é ter meu filho lá, me assistindo lutar os Jogos Olímpicos. Eu acho que essa é minha maior felicidade nesses Jogos se eu conseguir proporcionar isso para ele”, disse a judoca. Natasha compete na categoria até 48kg do judô e vai disputar em Paris a primeira Olimpíada da carreira.

A viagem promete ser inesquecível para mãe e filho, já que a rotina de atleta proporciona pouco tempo de qualidade juntos. “A gente tem uma vida muito dividida porque eu estou sempre viajando. A gente tenta compensar nosso tempo junto da melhor forma possível, por vídeo chamada, por áudio no WhatsApp. Quando estou em Curitiba, a gente tenta passar nosso tempo todo junto ali, mas realmente é muito difícil. Vai ser a primeira viagem internacional dele. Eu acho que ele vai ver a magia dos Jogos Olímpicos, que é um campeonato sensacional”, completou.

Vaga em Paris

Natasha Ferreira e Ketleyn Quadros (63kg) foram os últimos nomes garantidos na Seleção Olímpica de Judô. As duas atletas garantiram vagas após a Federação Internacional da modalidade (IJF) confirmar realocações de cotas continentais. Apesar de ser sua primeira participação em Olimpíada, Natasha tem como meta brigar por uma medalha em Paris-2024.   

“Eu vou buscar uma medalha independente de ser a minha primeira Olimpíada. Estou treinando para isso e acredito que os Jogos não são somente no tatame. É uma preparação intensa que envolve muita coisa como uniforme, back number olímpico, a Vila dos atletas…tudo é muito legal”, disse.

Adielson de Barros
Jornalista recifense formado na Faculdade Boa Viagem apaixonado por futebol e grandes histórias. Trabalhando no movimento olímpico e paralímpico desde 2022.

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