Com Budapeste no radar, seleção fecha treino de campo no Brasil

Após quase três meses em Portugal, foram mais dez dias em Pindamonhangaba em fase final de preparação visando a volta do circuito

Depois de quase três meses de treinos em Portugal, a seleção brasileira de judô retornou ao Brasil no dia 27, descansou uma semana e já se reapresentou para outro período de treinos. Dessa vez, a atividade foi de dez dias, em Pindamonhangaba, interior de São Paulo, com foco em Budapeste.

O foco é retorno do circuito mundial de judô, marcado para dia 23. O Grand Slam da capital húngara distribuirá até mil pontos no ranking mundial, base da corrida olímpica. A convocação da seleção brasileira que vai ao torneio será divulgada na próxima segunda (19).

Em Pindamonhangaba estão, além dos judocas que viajaram para a Europa, atletas que preferiram ficar pelo Brasil, como a peso-pesado (+78kg) Maria Suelen Altheman, atual número 5 do ranking mundial, que disputa uma vaga em Tóquio com Beatriz Ferreira.

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(Lara Monsores/CBJ)

“É sempre bom estar de volta com a seleção. A gente é uma família. Eu estava sentindo falta de estar junto com as meninas, com a comissão técnica, essa rotina de treino, descanso, alimentação, tudo no mesmo lugar”, pontuou Suelen.

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Outro que não foi para a cidade de Coimbra, em Portugal, foi o peso Leve (73kg) Marcelo Contini. “É muito importante, nesta fase, a gente conseguir estar treinando no nível que estamos treinando. A Confederação está disponibilizando toda a estrutura. E é muito bom, não só estar no tatame, mas estar de volta com a galera, aquela resenha mesmo à distância cumprindo os protocolos. Estou muito feliz de estar de volta.”

Grand Slam de Budapeste

Se a satisfação pela retomada dos treinamentos já era grande, com a notícia do retorno das competições a motivação dos atletas ficou ainda maior.

“É muito diferente. Até então, a gente ficava na expectativa. Agora já está confirmado. Então, o treino muda, agora tem um foco. Começou de novo a corrida para a Olimpíada“, projetou Maria Suelen Altheman.

Luiz Shinohara, coordenador da seleção brasileira masculina, também comentou o retorno dos treinos e do circuito mundial de judô. “A gente consegue trabalhar para dar um pouquinho mais de ritmo de treino aos atletas. O grupo é bastante heterogêneo. Alguns, ainda não estavam fazendo treinamento com contato e outros numa outra fase já treinando normalmente. O treinamento foi bastante produtivo e acredito que o pessoal que vai para Budapeste já vai com um ritmo bem melhor.”

Rosicleia Campos, coordenadora da seleção feminina, complementou. “São dez dias de concentração e não é um formato pensando em manutenção. Quando as atletas foram para Portugal, não havia uma previsão de volta do calendário da FIJ. Mas, agora está “startando“. Então, o treinamento é todo voltado para as próximas competições, que serão o Grand Slam de Budapeste e o Campeonato Pan-Americano”.

Protocolos e segurança

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(Lara Monsores/CBJ)

Para viabilizar os treinos de campo em Pindamonhangaba, que reuniu 52 judocas brasileiros entre os dias 5 e 15 de outubro, a CBJ (Confederação Brasileira de Judô) preparou uma operação replicando alguns dos protocolos adotados em Portugal pelo COB (Comitê Olímpico do Brasil) na chamada Missão Europa.

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A seleção foi divida em quatro grupos, de 10 a 16 atletas, no máximo, com rotina em que eles não se encontravam. Enquanto uma parte estava no tatame, outra estava na musculação, na fisioterapia e etc. Além da adoção dos protocolos habituais, como uso de álcool, máscaras e aferição de temperatura, além de mudanças na estrutura física do hotel.

Colaboração OTD

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