Claudio Biekarck vai atrás da 10ª medalha em Jogos Pan-Americanos

Velejador da Classe Lightning, Cláudio Biekarck tem fome de medalha. Nos Jogos Pan-Americanos, o brasileiro soma um ouro, três pratas e cinco bronzes. Será que a décima vem em Lima?

Aos 67 anos de idade, o velejador Cláudio Biekarck já tem seu nome gravado na história da vela brasileira e é uma lenda dos Jogos Pan-Americanos. Lima 2019 será sua 10ª participação e ele já soma incríveis nove medalhas. Sempre que foi ao Pan, Cláudio Biekarck voltou com medalha. E para deixar tudo mais especial, essa será sua última edição de Jogos Pan-Americanos.

Velejador da Classe Lightning, Cláudio Biekarck tem fome de medalha. Até aqui em seu histórico na competição continental, o brasileiro soma nove – um ouro, três pratas e cinco bronzes. “Até a agora a gente conseguiu medalhas em todos os Pan e não queríamos sair sem conquistar a 10ª medalha. Estamos trabalhando para isso. Vamos ter um campeonato super disputado, mas aonde temos chances de subir ao pódio” diz o velejador.

O curioso é que Cláudio Biekarck nasceu no mesmo ano que os Jogos, em 1951, e, em 1975, já competiu pela primeira vez. Biekarck começou a competir na classe Finn, aos 24 anos, mas não demorou muito para mudar para a Lightning e formar uma das grandes parcerias da vela brasileira.

Cláudio Biekarck passou a velejar com Gunnar Ficker e os dois seguem juntos até os dias de hoje. “O Gunnar está comigo desde sempre, veleja comigo desde 78, foi para todos os Pan comigo, de Lightning, sendo o primeiro que eu Pan que eu fui foi de Finn. Depois em 91, o terceiro tripulante foi o Marcelo Silva, que nos acompanhou até Toronto. Aí em Toronto a classe passou a ser mista, tinha que levar uma mulher á bordo. esse é segundo pan que iremos com uma equipe mista. Em Toronto a gente foi a com a Maria Hackerott, super velejadora e que já tinha velejado muito de Lightninig”

Contudo, uma nova integrante foi chamada para competir ao lado dos velhos parceiros para os Jogos Pan-Americanos 2019. “Para Lima a gente acabou pegando a Isabel Ficker, filha do Gunnar, que também é uma super velejadora, tem bastante experiencia de vela, foi a primeira e única campeã e mundial a ganhar uma classe aberta de jovem, na 420, e também já fez 470. E a vantagem dessa longevidade da parceria com o Gunnar é que a gente senta no barco e um já sabe o que o outro quer e já faz, entrosamento se dá bem rapidamente, então estamos indo bem preparados e vamos ver o que vai dar”, completa o experiente velejador.

E mesmo já consagrado, Claudio Biekarck está sempre de olho na renovação da vela brasileira e nos caminhos escolhidos pela federação do esporte. ” Olha, a vela brasileira vem fazendo um esforço, foi o ano que mais se investiu na vela jovem, e isso com o tempo trará resultados, não sei se nesse Mundial da Juventude. E a maior dificuldade dos brasileiros é a largada, inclusive nas classes adultas também. O número de velejadores que temos aqui é relativamente pequeno em comparação com o que se encontra lá fora. É bem distinto você largar com 10 barcos e largar com 50. Essa é a maior dificuldade quando a gente vai para uma competição no exterior.

João Fraga

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