Velha cartolagem perde espaço no COB em eleição de novo vice

As opções para a eleição do novo vice do COB apontam um caminho que foge das velhas práticas de (má) gestão dos cartolas olímpicos do Brasil
Marco Antonio La Porta, atual presidente da Confederação Brasileira de Triatlo (Crédito: Divulgação)

Não se trata de uma mudança radical, mas não pode ser menosprezada. Na busca para mudar sua imagem e mostrar transparência em sua gestão, o COB (Comitê Olímpico do Brasil) terá dois bons candidatos na eleição à vice-presidência. O cargo está vago desde que Paulo Wanderley assumiu o comando da entidade, após a renúncia de Carlos Arthur Nuzman.

Melhor ainda é que os candidatos não têm ligação com a velha cartolagem do esporte olímpico brasileiro, a maioria com inúmeros problemas de governança em suas entidades.

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Depois que o ex-ala da Seleção Masculina d basquete Marcel Souza anunciou sua candidatura, no mês passado, o atual presidente da CBTri (Confederação Brasileira de Triatlo), Marco Antonio La Porta, também confirmou a intenção de sair candidato. Ele manifestou sua intenção ao blog “Olímpico”, do “Globoesporte.com”.

Embora a candidatura só deva ser registrada na próxima segunda-feira (5), La Porta já vem mantendo contato com outros dirigentes. O dirigente, eleito para a CBTri no ano passado, deve contar com a maior parte dos votos das 35 confederações na Assembleia marcada para março. Outro apoio importante que ele deve conseguir é o de Lars Grael, que foi sondado para sair candidato, mas recusou. A candidatura de Marcel Souza corre por fora, pois teria apenas os votos 12 atletas com direito de participar do pleito.

Apoio dos atletas

O ponto positivo na candidatura da Marco Antonio La Porta é que ele conta com apoio da comunidade de seu esporte. Algo bem diferente do que ocorria com Ricardo Machado, presidente da CBE (Confederação Brasileira de Esgrima). Ele é alvo de denúncias feitas pela Associação Brasileira de Esgrimistas  (ABE), que o acusa de gestão fraudulenta. Machado contesta as denúncias, mas o fato é que a tentativa de se lançar candidato para ocupar a vice-presidência naufragou.

O mais importante em todo este caso é que os dirigentes acostumados com velhas práticas de (má) gestão no esporte brasileiro estão ficando para trás. Que isso se repita cada vez mais.

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Marcelo Laguna

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