Os estranhos critérios do COB para distribuir o dinheiro da Lei Piva

O anúncio feito nesta quarta-feira pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB) dos valores da Lei Piva que serão repassados às confederações de esportes olímpicos e para o comitê paraolímpico em 2009 confirmou, em boa parte, a proposta inicial feita pelo próprio COB, quando chegou a despertar a irritação de alguns dirigentes, como Alaor Azevedo, presidente da Confederação Brasileira de Tênis de Mesa (relembre aqui).

Se não houve surpresa para as entidades que receberão a maior fatia do bolo – Atletismo, Desportos Aquáticos, Judô, Vela e Vôlei, com R$ 2,5 milhões para cada uma -, chega a estranhar a distribuição no terceiro grupo de modalidades, aquelas que, segundo o comunicado do COB, são “em desenvolvimento com resultado sul-americano, pan-americano e mundial”.

De acordo com estes critérios (a tal “meritocracia”), a Canoagem, o Ciclismo, o Remo e o Tênis de Mesa levarão R$ 1,6 milhão; o Triatlo, outra modalidade integrante deste grupo, receberá R$ 1,2 milhão; e o Taekwondo, R$ 1 milhão.

O que eu não consigo entender (e aceitar) é que o taekwondo brasileiro, que ganhou sua primeira medalha olímpica da história com o bronze de Natalia Falavigna em Pequim, receba uma verba menor do que esportes que só estão conseguindo resultados em torneios de menor importância. Uma grande injustiça, em minha opinião.

Marcelo Laguna

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