O Circuito de Halterofilismo se encerrou neste domingo com grande destaque para Gustavo Amaral, o Tavin. Na categoria acima de 107kg, o carioca bateu seu próprio recorde brasileiro ao levantar 253kg, um quilo a mais que a antiga marca.
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Recentemente, Gustavo conversou com o OTD e contou um pouco de sua história. O atleta fluminense nasceu com uma doença congênita na perna direita, que o levou a amputação com 18 anos. No esporte, caminho até o halterofilismo passou por arremesso de peso, basquete em cadeira de rodas e salto em altura.
Tavin conta que foi descoberto no atletismo por um judoca da seleção brasileira paralímpica, que o apresentou para Tayana Medeiros, campeã de Paris na categoria até 86kg. Foi dela o convite para ingressar na modalidade.
Primeiro dos 16 recordes brasileiros veio em 2022, com 205kg na barra, quase cinquenta quilos a menos do que sua marca atual. Com a marca atual, seria prata nas Paraolimpíadas de 2024. Por isso, Tavin deixou claro seu principal objetivo para o ciclo: estar em Los Angeles e se manter no top-3 mundial.
“Estou me cuidando muito, com muito comprometimento, para obter marcas ainda maiores. Agora é brigar comigo mesmo para buscar o ouro no Campeonato Mundial no Egito [em outubro]. Se vierem a prata ou o bronze, vou ficar feliz também. Mas meu objetivo é este”, afirmou ele após a vitória na tarde deste domingo.
Sonho de marca histórica
Gustavo Amaral pensa alto quando fala de maior sonho no esporte. Não basta ser campeão paralímpico, tem que bater o recorde mundial histórico de Siamand Rahman, com a marca impressionante de 310kg. Pode parecer utópico, mas para quem segue aumentando constantemente suas melhores marcas parece questão de tempo.
“Levantar 310kg não é fácil. Nunca vai ser. O que eu preciso é dedicação e trabalho. Mental também, psicológico muito forte. Ninguém vai a lugar nenhum sozinho, eu tenho que ter pessoas do meu lado que consigam me preparar bem para chegar nessa marca. Uma combinação de tudo vai me trazer esse resultado que eu almejo”, contou Tavin, que complementou dizendo que tem um fluxograma de objetivos da vida estabelecido.
Gustavo encerrou brincando sobre sua busca pela longevidade no esporte, dizendo que pretende ir até onde o corpo deixar. “Quero cuidar do meu corpo para que eu consiga até, sei lá, 2040, estar numa Paraolimpíada”, revelou o atleta.
