Renato Rezende foca no Mundial, mas sem esquecer do Pan

Renato Rezende se prepara para disputar o Mundial de BMX e, em seguida, os Jogos Pan-Americanos

O ciclismo BMX está no meio da corrida olímpica. Cada prova vale pontos importantes para realizar o sonho de estar em Tóquio 2020. Mas duas competições importantes e muito próximas vão ser um desafio para a preparação dos atletas. Este ano, o Mundial, que será realizado em Zolder, na Bélgica, vai acontecer no dia 27 de julho, mas apenas 12 dias depois está marcado o início das provas da modalidade nos Jogos Pan-Americanos de Lima.

“O foco nosso com certeza é o Mundial, treinamento para o Pan também, mas principalmente o Mundial, até porque vem um pouco antes e vale mais pontos para a corrida olímpica. E o Pan é um evento que é Jogos, então também é muito importante. Então, foco totalmente no Mundial e depois do Mundial normalmente damos uma relaxada, mas este ano não vai ser assim. Você pode ter certeza, acabou a última bateria, se eu fui para a final, se eu fiquei na semi, independente do que acontecer, a hora que acabar, já começa a preparação, preparação não, mas a recuperação e a preparação para o Pan. Vai ser bem pertinho uma da outra e eu acredito que vai ser bem legal. Vamos tentar manter a forma no pico”, explica Renato Rezende, que disputará em Lima os Jogos Pan-Americanos pela terceira vez.

A estreia foi em Guadalajara 2011, quando ele não chegou bem, mas o resultado foi melhor do que o esperado.
“2011 eu tinha acabado de sofrer uma queda em uma etapa da Copa do Mundo, que fez meu ombro sair do lugar e deu uma trincada no osso. Eu fui para Guadalajara de tipoia. Os médicos ficaram meio assim de me liberar, mas me liberaram, consegui andar e acabei ficando em quinto na final”, lembra Renato Rezende.

Se o resultado de Guadalajara foi muito melhor do que o esperado pelas condições física do atleta, em Toronto aconteceu exatamente o contrário. “Acho que foi uma das provas em que eu cheguei melhor preparado na minha vida, fui me classificando super bem, infelizmente na semifinal, quando eu estava em terceiro, o cara que estava na minha frente escorregou, eu bati nele, não consegui pular a reta pro e fiquei de fora da final. Acho que foi uma das corridas mais dolorosas para mim. Dessa vez não doeu o corpo, doeu o coração”, lamenta, sem, no entanto, desanimar. “São duas experiências, que não foram das melhores, então eu acredito que a melhor está por vir”.

Que a melhor então aconteça em Lima entre os dias 8 e 9 de agosto, quando acontecem as competições de BMX dos Jogos Pan-Americanos, sem esquecer, claro, do Mundial, que vai rolar duas semanas antes.

“Fica aquela brincadeira, né? Você prefere uma medalha no Mundial ou nos Jogos Pan-Americanos? Eu não sei responder, é difícil”, brinca. Que tal então medalha nos dois? “Se Deus quiser”, completa.

Fernando Gavini
Fundador e diretor de conteúdo do Olimpíada Todo Dia

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