Canoísta que fracassou na Olimpíada busca volta por cima na Copa do Mundo

A mineira Ana Sátila, de apenas 20 anos, é mais talentosa e promissora atleta da canoagem slalom do Brasil. Apesar de tão novinha, ganhou duas medalhas no Pan de Toronto, uma de ouro no C-1 (canoa individual) e outra de prata no K-1 (caiaque individual), foi campeã mundial júnior em 2014 e vice sub-23 em 2015 no K-1 e é a atual hexacampeã nacional do K-1 e tri do C-1. Os bons resultados obtidos geram muita expectativa com relação à participação dela na Olimpíada do Rio de Janeiro, mas um erro a tirou da disputa e ela deixou a prova chorando.

Na canoagem slalom, o objetivo é descer uma corredeira num trajeto pré-determinado, desviando de obstáculos no menor tempo possível. Mas qualquer erro pode ser fatal. Passar milímetros fora de uma baliza significa uma punição de 50 segundos. Na competição olímpica, Ana Sátila fez uma descida quase perfeita, foi a quarta mais veloz, mas em um obstáculo ela não conseguiu, por muito pouco, colocar a cabeça entre as duas balizas e acabou sendo punida. Os 50 segundos a mais a fizeram cair para o 17o. lugar, mas só 15 avançaram para a semifinal.

A decepção foi grande, mas o aprendizado também. Nada como um dia após o outro. Ana Sátila tem a chance de dar a volta por cima a partir desta sexta-feira na etapa da Copa do Mundo de Praga, mesmo local onde ano passado ela conquistou a medalha de bronze. “Acredito que este ano está sendo muito produtivo, apesar de não ter conseguido me classificar para a semifinal nos Jogos Olímpicos. Mas nos outros eventos, tive bons resultados e vou buscar para que eu consiga mais uma final e quem sabe uma medalha”, afirmou a atleta, cujo melhor resultado em 2016 foi o sexto lugar na etapa de Pau, na França.

Quem também participa da etapa de Praga da Copa do Mundo é Pedro Henrique Gonçalves, que conseguiu chegar na final da Olimpíada no C-1 masculino e terminou a competição na sexta posição. Além dos dois, vão descer as corredeiras na República Checa a dupla Charles Corrêa e Anderson Oliveira no C2 masculino e Felipe Borges no C-1.

Fernando Gavini
Fundador e diretor de conteúdo do Olimpíada Todo Dia

Mais em​ Canoagem Slalom

Com 11 ouros, 10 pratas e 7 bronzes, o Brasil terminou o Sul-Americano de Canoagem Slalom e Caiaque Cross com a melhor campanha no continente
Canoagem brasileira foi hegemônica no primeira dia de provas do Sul-americano e ICF Ranking
A cidade é a casa da canoagem slalom brasileira, formadora de 4 atletas olímpicos na modalidade, além da competição sul-americana
Dobradinha de Pepê Gonçalves e Mathieu Desnos, prata e bronze de Omira Estacia e bronze de Charles Correa no Ranking Series em Oklahoma