George Foreman, o campeão olímpico demolidor de rivais

George Foreman, lenda do boxe profissional e morto na última sexta-feira (21), aos 76 anos, foi um dos maiores pesos pesados da história. Duas vezes campeão mundial, ele protagonizou aquela que muitos especialistas definem como a maior luta de todos os tempos. Em 1974, no Zaire (atual República do Congo), Foreman enfrentou Muhammad Ali pelo título mundial e ali sofreu sua primeira derrota como profissional, em um nocaute incrível no oitavo assalto. 

Aposentado dos ringues, tornou-se pastor protestante. No final dos anos 80, retomou a carreira. Em 1990, “Big George” teve pela frente o brasileiro Adilson Maguila Rodrigues. O americano ganhou de forma impiedosa, por nocaute no segundo assalto.

Nos anos seguintes, Foreman tornou-se novamente campeão mundial por duas entidades irrelevantes. Ele ficou mundialmente conhecido (e milionário) por ter sua imagem e nome estampados em um grill elétrico para fazer teoricamente carnes mais saudáveis e com menos gordura. 

Máquina de nocautes 

O que talvez muita gente não saiba é que George Foreman também tem uma história brilhante no boxe olímpico.  

Ele disputou os Jogos da Cidade do México, em 1968 na categoria peso pesado. Tinha apenas 19 anos e pouquíssima (porém vitoriosa) experiência como boxeador. Disputou e venceu o campeonato da AAU (Associação Atlética Universitária), que serviu como seletiva para a equipe americana. 

Campanha impressionante 

Foreman atropelou seus rivais no México. Com exceção da primeira luta, diante do polonês Lucjan Trela, vencida por pontos, o americano triturou todos os demais rivais. Na semifinal, contra o italiano Giorgio Bambini, venceu por nocaute.  

Nas demais, os rivais foram “poupados” pelos árbitros. Nas quartas de final, contra o romeno Ion Alexe, a luta acabou no terceiro assalto. Na decisão do ouro, diante do soviético Jonas Cepullis, o combate foi interrompido quando faltavam 33 segundos para o final do segundo round. Foi uma verdadeira surra do americano. 

Comemoração patriótica 

A grande surpresa aconteceu na hora de comemorar a vitória. Foreman pegou uma pequena bandeira americana e ficou agitando-a pelos quatro cantos do ringue. Ironicamente, isso ocorreu dias depois do protesto feito por dois atletas dos EUA, Tommie Smith e John Carlos, que no pódio da prova dos 200 m rasos do atletismo, repetiram o gesto do grupo “Panteras Negras”, em apoio à luta pelos direitos dos negros americanos. 

Confira imagens da luta que deu o ouro para George Foreman nos Jogos da Cidade do México:

Marcelo Laguna

Mais em​ Laguna OlímpicoBoxeOlimpíada

Jucielen Romeu e Luiz Oliveira e mais 12 atletas se sagram campeões brasileiros de boxe de 2025; Confira a lista de vencedores
A inédita vitória na Copa do Mundo de tênis de mesa de Macau conseguiu ser destaque no noticiário geral e até nos intervalos da transmissão do futebol
Presidente do comitê olímpico americano tem mantido reuniões com membros do governo, tentando atenuar as duras medidas restritivas de Trump para vários países
Modalidade que estará na Olimpíada de Los Angeles-2028 saberá até junho se contará com a participação dos astros da liga profissional de futebol americano