Ma Long e os seus “discípulos”

Ma Long é considerado por muitos o melhor de todos os tempos. E é inspiração até para os seus companheiros de equipe.

Aos 35 anos, Ma Long continua dominando as manchetes do tênis de mesa, ganhando ou não títulos. Foi assim no recém realizado WTT Finals Men Doha-2023, evento que encerrou a temporada passada e no qual ele foi eliminado nas quartas-de-final. Afinal, Ma Long é tricampeão mundial e o único bicampeão olímpico de simples entre os homens. E na 3ª posição do ranking mundial, segue firme na briga por uma vaga em Paris-2024. A edição feminina, isto é, o Nagoya Finals, aconteceu no mês passado.

WTT Finals Men Doha-2023

Em Doha, Ma Long perdeu entre os 8 para o compatriota Lin Gaoyuan, por 3 set a 2. O resultado foi ainda mais surpreendente pelo retrospecto: até então, em 7 confrontos, Ma Long nunca havia perdido para Lin. Aos 28 anos e № 7 do mundo, em temporadas anteriores Lin Gaoyuan chegou a ser questionado pela opinião pública chinesa quanto ao seu lugar na seleção nacional. Pois entre os membros da equipe, era o que mais acumulava derrotas para mesa-tenistas não-chineses.

Derrota dramática no WTT Champions em 2022

Na decisão do WTT Champions European Summer Series-2022, Lin desperdiçou seis match points no 6º set da final contra o japonês Tomokazu Harimoto. No Mundial por equipes em Chengdu-2022, foi reserva. Os titulares foram os 3 primeiros do ranking: Fan Zhendong, Wang Chuqin e Ma Long; e brigando com Lin na reserva, ainda havia Liang Jingkun (atual № 4 do mundo). Fato é que a vida de Lin Gaoyuan não é fácil, pois a nova geração chinesa vem chegando com tudo.

Postura de aprendiz diante de Ma Long

Após conquistar sua primeira vitória em oito partidas contra Ma Long, Lin declarou: “Adotei a postura de aprendiz. Tendo enfrentado Ma Long tantas vezes, cada partida me trouxe novas experiências. É um prazer só o fato de vê-lo do outro lado da mesa. Ver os ajustes que faz durante o jogo, como ele controla os pontos cruciais… a cada vez posso aprender algo novo.”

Sem titubear

E Lin prosseguiu: “Ao enfrentar Ma Long, você não pode se dar ao luxo de relaxar por um ponto sequer. Pois se fizer isso, você acabará perdendo o jogo… Mesmo quando abri uma vantagem no quinto set, não ousei relaxar por nenhum momento… ele sabe virar o jogo a qualquer momento. Eu estava lá com uma mentalidade de aprendiz.”

Wang Chuqin também se espelha em Ma Long

Wang Chuqin foi o grande campeão no WTT Finals Men Doha, despachando na final o líder do ranking mundial Fan Zhendong por 4 a 0. Em grande fase, Wang mostra que segue firme em direção ao topo do ranking mundial. Entre os mesa-tenistas chineses do Top 10, ele é o que tem melhor retrospecto diante de Ma Long: são 8 vitórias e 2 derrotas.

Em entrevista à WTT, Wang Chuqin contou que seu primeiro ídolo no tênis de mesa foi Wang Hao (três vezes vice-campeão olímpico de simples, hoje técnico da seleção chinesa). Mas que depois, passou a se espelhar em Ma Long.

Chave de duplas

Os chineses Xiang Peng/Yuan Licen eram os últimos cabeças-de-chave e acabaram conquistando o título do WTT Finals Men Doha-2023, superando na decisão os compatriotas Lin/Lin (№ 7 do mundo) por 3 sets a 0!

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Me chamou a atenção o fato de nenhum par da Coreia do Sul ter disputado a chave de duplas, eles que são especialistas neste evento. Entre as razões, aponto: a época do ano (após um calendário de 2023 muito puxado); a realização do Mundial por Equipes na Coreia do Sul logo mais, em fevereiro, e o custo-benefício. Afinal, a premiação da chave de duplas é bem inferior à da chave de simples. No WTT Finals, o campeão individual embolsou US$ 40 mil; já a dupla campeã levou US$ 8 mil dólares, ou seja: 20% do valor ofertado ao campeão de simples.

Lyanne Kosaka

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