Com 34 medalhas, Brasil conquista o Ibero-Americano

Com 18 medalhas de ouro e 34 medalhas no total, o Brasil conquistou o título do Ibero-Americano de Atletismo pela 10ª vez na história

O Brasil conquistou pela 10ª vez o título do Campeonato Ibero-Americano de Atletismo, encerrado neste domingo (dia 26), em Trujillo, no Peru. A equipe nacional, composta por 29 atletas, sendo 16 no masculino e 13 no feminino, dominou completamente a competição, garantindo 34 medalhas (18 de ouro, 10 de prata e 6 de bronze). Nenhum adversário ameaçou a hegemonia brasileira.

A seleção da Colômbia ficou em segundo lugar no quadro geral de medalhas, com oito (seis ouros e dois bronzes). Já a Espanha ficou em terceiro com 18 (cinco de ouro, seis de prata e sete de bronze). A competição reuniu cerca de 300 atletas de 18 países de fala portuguesa e espanhola das Américas, Europa e África.

As finais deste domingo, mais uma vez, mostraram a força da equipe brasileira da competição. Os brasileiros participaram de nove das 14 finais do último dia e garantiram 12 medalhas – seis de ouro, quatro de prata e duas de bronze.

Nos 200 m, por exemplo, os velocistas brasileiros confirmaram a ótima forma e conseguiram dobradinha no feminino e no masculino. Vitória Rosa, campeã dos 100 m, venceu os 200 m, com 22.90 (0.3), seguida de Rosangela Santos (23.92). No masculino, Jorge Henrique Vides ganhou o ouro, com 20.34 (0.1), superando o amigo Aldemir Gomes Junior, segundo colocado, com 20.42.

No arremesso do peso, outra dobradinha brasileira. Geisa Arcanjo conquistou o ouro, com 18,10 m, seguida de Keely Medeiros, com 16,64 m. A chilena Ivanna Gallardo terminou em terceiro, com 15,05 m.

Altobeli Santos Silva conquistou a sua segunda medalha de ouro neste domingo. Depois de vencer os 3.000 m com obstáculos no sábado (25), o corredor ganhou os 3.000 m, com 7:57.52, superando o Alfredo Santana, de Porto Rico (8:01.20), e José Luis Rojas (Peru), com 8:04.00.

No feminino, Tatiane Raquel da Silva, que havia sido ouro nos 3.000 m com obstáculos, ganhou a medalha de prata nos 3.000 m, com 9:18.39. A uruguaia Maria Pía Fernandez foi a campeã com 9:16.16. A argentina Florencia Borelli terminou em terceiro, com 9:19.09.

As outras duas medalhas de ouro do último dia foram alcançadas por Marcio Teles, nos 400 m com barreiras, e por Thiago do Rosário André, nos 800 m. Marcio venceu com o tempo de 49.64, e Thiago, que estava em Camping de Treinamento de Altitude em Paipa, na Colômbia, venceu os 800 m, com 1:46.73. Finalista da prova no Mundial de Londres 2017, ele foi prata nos 1.500 m em Trujillo.

Duas medalhas de bronze encerraram a boa campanha nacional. Alexsandro Melo ficou em terceiro no salto triplo, com 15,94 m (0.0), enquanto Laila Ferrer completou participação na mesma posição no lançamento do dardo, com 58,24m.

“A atuação brasileira no Ibero-Americano foi espetacular. Havíamos convocados 40 atletas e 11 pediram dispensa por vários motivos pertinentes. Mesmo assim, a conquista foi muito importante em nosso projeto rumo ao Mundial de Doha, ao PAN de Lima de 2019 e, acima de tudo, aos Jogos de Tóquio 2020. Quero parabenizar a todos os atletas, medalhistas ou não, pelo empenho e colaboração”, comentou Warlindo Carneiro da Silva Filho, presidente da Confederação Brasileira de Atletismo.

Todos os campeões

Barcelona (ESP) 1983 – Cuba
Havana (CUB) 1986 – Cuba
México (MEX) 1988 – Cuba
Manaus (BRA) 1990 – Brasil
Sevilha (ESP) 1992 – Cuba
Mar Del Plata (ARG) 1994 – Brasil
Medellín (COL) 1996 – Cuba
Lisboa (POR) 1998 – Espanha
Rio de Janeiro (BRA) 2000 – Brasil
Guatemala (GUA) 2002 – Brasil
Huelva (ESP) 2004 – Espanha
Ponce (PUR) 2006 – Brasil
Iquique (PER) 2008 – Brasil
San Fernando (ESP) 2010 – Cuba
Barquisimeto (VEN) 2012 – Brasil
São Paulo (BRA) 2014 – Brasil
Rio de Janeiro (BRA) 2016 – Brasil
Trujillo (PER) 2018 – Brasil

Paulo Chacon

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