No Estádio Nacional de Kingston, Jamaica, Alison dos Santos, o “Piu”, virou rei. Logo após vencer nos 400m com barreiras, prova em que é especialista, o corredor brasileiro voltou para fazer história neste domingo (06) e venceu nos 400m rasos. Assim, mostra que 2025 pode ser um ano promissor com plenitude física e de grande preparação até o Mundial no Japão.
Não foi uma corrida que Alison venceu com sobras, muito menos que chegou perto de seu melhor tempo na carreira. No entanto, considerando que o brasileiro não competia desde setembro de 2024, na final da Diamond League na etapa de Bruxelas, Bélgica, começar a temporada no alto do pódio pode ser um grande ganho de confiança.
Os 400m rasos não são especialidade de Alison, é uma prova que não disputava desde 13 de abril de 2024, quando fez 45s25 no “Florida Relays”. Porém, fez o tempo de 45s52, o suficiente para deixar Chris Robinson (USA) em segundo, com 45s54 e Caleb Dean (USA) em terceiro, com 45s68.
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Alison largou na raia seis, virando os primeiros 100m um pouco atrás dos primeiros colocados, que vinham exatamente em suas raias vizinhas. Em seguida, 100m de reta que acertou as passadas e manteve-se entre os primeiros colocados. Virou a marca de 300m na disputa pelo terceiro lugar e parecia que a disputa ficaria para um lugar no pódio. Contudo, o brasileiro arrancou e estipulou uma passada mais forte na reta final, passando o norte-americano nos dez metros finais.
O que representa?
“Sabia que seria difícil, mas fiz o meu trabalho. Eu me percebi em terceiro nos 200m, vi quem estava na minha frente e forcei no final. Significa para mim vencer aqui, porque eu gosto de competir”, comentou Alison ainda na pista histórica de grandes velocistas.
Com o resultado, Alison soma 24 pontos após as duas provas realizadas em Kingston. A próxima etapa do Grand Slam Track 2025 será realizada em Miami, na Flórida (Estados Unidos), entre os dias 2 e 4 de maio.
O Grand Slam Track vai reunir 96 atletas entre os melhores corredores do mundo, divididos em seis grupos de sprinters, barreiristas e fundistas. Cada grupo conta com quatro top-10 do ranking mundial. Ele são chamdos de racers e competirão nas quatro etapas do Grand Slam Track.
Além disso, a cada etapa serão convidados quatro challengers por grupo. Esses atletas tentarão desafiar os racers nas suas provas. Cada etapa premiará os atletas com pontos por suas colocações e o vencedor de cada grupo leva 100 mil dólares. Quem somar mais pontos ao final da temporada, leva o título de “Corredor do Ano”.