Duplantis quer recorde olímpico de Thiago Braz: ‘É o que me falta’

Armand Duplantis, do salto com vara, quer bater o recorde olímpico que pertence a Thiago Braz para fechar "bingo" de conquistas

Paris – O sueco Armand Duplantis é o maior nome da história do salto com vara e uma das grandes estrelas do atletismo da atualidade. Campeão olímpico, bicampeão mundial, tricampeão da Diamond League e oito vezes recordista mundial, ele tem um currículo quase inigualável. Mas uma coisa ainda lhe falta: o recorde olímpico, que pertence ao brasileiro Thiago Braz, medalhista de ouro na Rio-2016. Em Paris-2024, Mondo está disposto a mudar isso.

Duplantis disputou os Jogos Olímpicos uma vez na carreira, em Tóquio-2020, quando levou a medalha de ouro com 6,02m, apenas um centímetro abaixo do recorde olímpico de Braz. Depois que já tinha assegurado a medalha de ouro naquela ocasião, o sueco subiu o sarrafo para a altura de 6,19m, numa tentativa de quebrar o recorde mundial da época, mas falhou em suas três oportunidades. Consequentemente, o recorde olímpico também foi mantido e Braz manteve-se como detentor da marca por mais um ciclo.

Vem em Paris?

Depois de mais um ciclo dominante, Duplantis fez sua estreia em Paris-2024 neste sábado (03), participando da eliminatória de sua prova. Ele saltou para 5,75m e garantiu sua vaga na final sem maiores problemas. A decisão do salto com vara masculino acontecerá na segunda-feira (05), às 14h (horário de Brasília). Ao fim da classificatória, o sueco falou com a imprensa justamente sobre a expectativa da quebra do recorde olímpico.

“Claro que quero quebrar o recorde olímpico. Acho que é bem possível. Achei que fosse possível da última vez, mas lá (em Tóquio) tivemos uma progressão de altura estranha. Eu não estou tão focado nisso, mas no final do dia eu quero estar seguro que posso fazer isso. Mas o mais importante é buscar o ouro. Acho que é a única coisa que me falta é o recorde olímpico, então vou tentar sim”, disse ele.

A marca feita por Thiago Braz na Rio-2016 para superar o francês Renaud Lavillenie e levar a histórica medalha de ouro foi 6,03m. Duplantis já superou 35 vezes essa altura em sua carreira – três só nesta temporada. Seu recorde mundial atual é de 6,24m, de abril deste ano. O sueco é o grande favorito ao ouro na capital francesa, tendo uma margem de vantagem muito grande para os demais competidores.

Ausência de Thiago Braz

Um dos que poderiam ser concorrentes do sueco, mas que não está em Paris, é justamente Thiago Braz. Envolvido em um caso de doping, ele recebeu uma suspensão e não pôde competir na reta final da corrida olímpica. O brasileiro ainda ganhou uma última oportunidade de se classificar após uma liminar do CAS, mas não fez índice no Troféu Brasil e ficou sem vaga. Perguntado sobre o que pensa sobre o brasileiro, Duplantis foi sintético: “Sobre Thiago? Ele não está aqui, né”.

Wesley Felix
Paulistano de 23 anos. Jornalista formado pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Estou no Olimpíada Todo Dia desde 2022. Cobri a Universíade de Chengdu, o Pan de Santiago-2023, a Olimpíada de Paris-2024 e a Paralimpíada de Paris-2024.

Mais em​ Paris 2024Atletismo

Foi na repescagem, mas o Brasil fez sua melhor marca da temporada para vencer a prova do 4x400m e garantir vaga no Mundial em Tóquio
4x100m e 4x400m masculino beliscam vagas em suas provas, mas erros na terceira perna comprometem classificação; Domingo conta com repescagem valendo vaga no Mundial de Atletismo
Brasil irá disputar quatro provas no Mundial de Revezamentos, em busca de vagas no Mundial de Ateltismo de 2025
Após vencer em Kingston e os 400m com barreiras em Miami, Alison dos Santos fechou com vitória nos 400m rasos e segundo título de etapa