Joaquim Cruz será o chefe da equipe brasileira no Mundial

Campeão olímpico em Los Angeles-1984, Joaquim Cruz comandará a delegação brasileira no Mundial de Oregon

Joaquim Cruz, campeão olímpico dos 800m em Los Angeles-1984 e prata em Seul-1988, e um dos melhores atletas da história do Brasil, será o chefe da delegação brasileira no Campeonato Mundial do Oregon de Atletismo, como voluntário no Programa ídolos da Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt), que será disputado de 15 a 24 de julho, no Estádio Hayward Field, em Eugene, onde viveu sete anos.

+ CBAt convoca seleção brasileira para o Mundial de Oregon

“Recebi esta homenagem que considero única, que eu saiba, acho que nunca existiu no Brasil e no mundo. Tentando até agora achar um significado nisso tudo. Criar uma experiência nova para o Brasil e os Estados Unidos”, comemorou o campeão olímpico.

“Quando fui convidado, a minha primeira reação foi achar impossível. Sou funcionário do Comitê Olímpico dos Estados Unidos, do Comitê Paralímpico e achei difícil trabalhar para o Brasil”, comentou Joaquim. “Mas acabou dando tudo certo e o Comitê disse que me apoiaria em tudo o que eu precisasse.”

Joaquim foi morar nos Estados Unidos em 1981. “Me mudei de Provo, em Utah, para Eugene, no Oregon, para estudar, treinar e competir. Foi lá que descobri o meu verdadeiro potencial para o atletismo. A cidade respira, fala sobre o atletismo o tempo inteiro e é considerada a capital da modalidade nos Estados Unidos”, lembrou Joaquim. “É um lugar muito especial, cidade de muita energia, uma coisa extraordinária.”

De Taguatinga para o mundo

Joaquim Cruz Atletismo
Joaquim Cruz no Troféu Brasil de Atletismo (Wagner Carmo/CBAt)

O brasiliense de Taguatinga, nascido no dia 13 de março de 1963, treinou no estádio da Universidade do Oregon por um bom tempo. “Fui bem em várias competições lá, é uma coisa do outro mundo. Só atleta que competiu lá entende o que estou dizendo”, afirmou.

De origem humildade (seus pais migraram do Piauí para a nova capital da República), Joaquim Cruz entrou para a história ao conquistar a medalha de ouro nos 800m na Olimpíada de Los Angeles-1984, aos 21 anos. Joaquim superou todos os favoritos da prova, e entre todos Sebastian Coe, o britânico que era então o recordista mundial (1:41.73) e é o atual presidente da World Athletics. Joaquim ainda conquistou uma segunda medalha olímpica, a prata dos Jogos de Seul.

+SIGA O OTD NO YOUTUBETWITTERINSTAGRAMTIK TOK E FACEBOOK

Além das medalhas olímpicas, Joaquim Cruz levou o bronze na primeira edição do Mundial de Helsinque-1983, aos 20 anos. E o bicampeonato pan-americano nos 1.500m (Indianápolis-1987 e Mar Del Plata-1995), e a marca de 1:41.77 nos 800m, obtida no Meeting de Colônia, da Alemanha, em 1984, que é até hoje os recordes brasileiro e sul-americano.

O campeão vive em San Diego, na Califórnia, com a família. “Saí de Eugene porque aquela área do Oregon tem muita plantação de feno e tive muita alergia. Vou levar medicamentos contra a alergia. Acho que vai dar tudo certo pelo fato de não estar correndo, usar máscara o tempo todo, não é só contra a Covid.”

Colaboração OTD

Mais em​ Atletismo

Foi na repescagem, mas o Brasil fez sua melhor marca da temporada para vencer a prova do 4x400m e garantir vaga no Mundial em Tóquio
4x100m e 4x400m masculino beliscam vagas em suas provas, mas erros na terceira perna comprometem classificação; Domingo conta com repescagem valendo vaga no Mundial de Atletismo
Brasil irá disputar quatro provas no Mundial de Revezamentos, em busca de vagas no Mundial de Ateltismo de 2025
Após vencer em Kingston e os 400m com barreiras em Miami, Alison dos Santos fechou com vitória nos 400m rasos e segundo título de etapa