Maratonistas treinam na altitude de olho no índice olímpico

Adriana da Silva, Andreia Hessel e Valdilene Santos se preparam para a Maratona de Valência em dezembro, válida para obtenção do índice para Tóquio-2020

De olho em Tóquio-2020, as maratonistas Adriana da Silva, Andreia Hessel e Valdilene Santos estão na Colômbia para uma temporada de treinos em altitude. O trio do Time Ajinomoto viajou no dia 26 de outubro e permanece em território colombiano até o fim de novembro. O objetivo é intensificar a preparação para a Maratona de Valência, em dezembro, já que a prova espanhola é válida para obtenção de índice para os Jogos Olímpicos.

Para assegurar a classificação, as brasileiras precisam completar o percurso de 42.195m no tempo máximo de 2h29min30.  “Acredito que nada é impossível. Vou treinar com minha grande amiga Adriana, prova real de que, sim, é possível alcançar os sonhos. Porque ela conseguiu o índice que temos de fazer quando foi para os Jogos em Londres-2012”, destacou Andreia Hessel. Atualmente, sua melhor marca em maratona é 2h34min55, registrada em Nagoia, no Japão, no ano passado.

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Para o trio do Time Ajinomoto, o treinamento na Colômbia vai ajudar muito na preparação para buscar o índice olímpico para Tóquio-2020. “Esse treinamento em altitude é muito bom, principalmente para maratonistas, porque ajuda muito no condicionamento. Treinar lá no alto é muito difícil devido à respiração, mas é muito importante, porque quando volto a competir em lugar mais baixo o resultado é muito bom”, explicou Adriana da Silva.

Adriana da Silva e Andreia Hessel ficarão na cidade de Sopó, localizada 2.650 metros acima do nível do mar, enquanto Valdilene Santos ficará em Paipa, a 2.502 metros de altitude.

Mundial de Meia Maratona

Andreia Hessel - Tóquio 2020
Andreia Hessel fez sua melhor marca da carreira no Mundial (Instagram/hesselcarroca)

Antes da viagem para a Colômbia, Andreia Hessel e Valdilene Santos disputaram o Mundial de Meia Maratona em Gdynia, na Polônia. Andreia completou a prova na 76ª colocação, registrando a melhor marca de sua carreira na distância, 1h14min41, a menos de um ano para Tóquio-2020.

“O Mundial foi como um termômetro sobre como estou em ritmo de competição. Uma semana antes de embarcar para a Polônia, corri uma prova de 10.000m na pista de Bragança Paulista e aumentei minha autoconfiança, porque meu resultado foi melhor do que em 2019.  Passei a acreditar que era possível fazer um bom resultado no Mundial e tracei uma meta ousada de conseguir minha melhor marca, porque queria sentir o ritmo real que devo correr para obter o índice”, destacou.

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Valdilene Santos, no entanto, teve uma crise de hipotermia por causa do frio e cruzou a linha de chegada em 94º em Gdynia. “Não obtive o resultado esperado, mas voltar a competir e com foco nas Olimpíadas serviu para ganhar ritmo e vivência competitiva”, avaliou a maratonista, que tem 2h32min01, em Frankfurt- 2018, como melhor tempo na distância.  

Por fim, Adriana da Silva não disputou o Mundial, mas correu uma prova de 5Km após a retomada dos eventos esportivos. Em sua primeira competição em mais de um ano, ela completou o percurso em 20min e ficou satisfeita pela retomada na normalização dos treinos. Seu melhor tempo em maratona é 2h29min17, em 2012. Vale lembrar que ela busca sua terceira participação em Olimpíada em Tóquio 2020, tendo disputado Londres-2012 e Rio-2016.

Colaboração OTD

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