Alexsandro Melo salta em casa de olho em medalha olímpica

Conhecido como Bolt no meio do atletismo, o atleta deixou São Paulo e está de quarentena em Londrina, onde treina em duas caixas de saltos

Alexsandro Melo está de quarentena em Londrina, no Paraná, neste período sem eventos esportivos por conta do coronavírus. Conhecido como Bolt no meio do atletismo, o saltador mora em São Paulo, mas foi ficar perto de seus familiares na cidade onde nasceu, já que lá tem acesso a duas caixas de salto em casa para continuar treinando com foco em ganhar uma medalha olímpica nos Jogos de Tóquio em 2021.  

“A expectativa era muito grande para a Olimpíada de Tóquio, mas de repente tudo parou. O foco, porém, continua igual. Quero ir a Tóquio no ano que vem em condições ainda melhores e o objetivo é lutar por medalha”, disse Alexsandro, que começou a se interessar por esporte aos 13 anos, após as Olimpíadas de Pequim-2008, principalmente por causa da conquista olímpica de Maurren Maggi no salto em distância.

“Estou fazendo treinos de fortalecimento muscular e de coordenação motora. Tenho em casa duas caixas de salto, algumas anilhas e um colete pesado. Assim posso fazer os treinos passados pelo Neilton de segunda-feira a sábado”, completou o Alexsandro, citando seu treinador Neilton Moura, irmão de Nélio Moura, ex-técnico da campeã olímpica Maurren Maggi.

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Em 2019, Alexsandro ganhou a medalha de bronze no salto triplo no Mundial Universitário de Nápoles. O saltador havia começado bem o ano de 2020, por isso, lamentou a paralisação devido ao coronavírus.

“Venci o salto em distância e o triplo, com bons resultados, ganhando dois ouros no Sul-Americano Indoor, em Cochabamba, Bolívia. Estava me preparando para o Mundial em Pista Coberta da China, que acabou adiado para 2021”, lembrou Bolt.

Técnico planeja volta às competições em dezembro

Alexsandro Melo Bolt Medalha Olímpica Tóquio
Alexsandro Melo é conhecido como Bolt no meio do atletismo (Wagner Carmo/CBAt)

Alexsandro conquistou o índice olímpico no para os Jogos de Tóquio no salto triplo em julho de 2019, no Meeting de Sotteville, na França, com 17,20 m (2,0). No entanto, ainda antes do prazo de obtenção das marcas mínimas, o saltador chegou a registrar 17,31 m (0,4) em Cochabamba, em abril. O competidor lidera o Ranking Brasileiro de 2019 e também é o primeiro colocado no salto em distância, com 8,12 m (0,4).

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Segundo Neilton, Bolt tem feito um trabalho para evitar uma queda mais pronunciada em seu condicionamento. “Ele é um dos atletas que estão se mantendo isolados e treinando apenas em casa. Já são oito semanas. Tenho tentado fazer com que ele cumpra os treinos adaptados para o espaço e implementos que conseguiu juntar. Tentamos controlar seu estado de treinamento com alguns testes”, comentou o treinador.

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O treinador tem a expectativa de colocar seu atleta para competir em dezembro. “Tenho esperança de podermos voltar aos treinos normais em 6 a 8 semanas e competir em dezembro, o que já seria preparação para os eventos indoor da temporada seguinte. O Alexsandro tem melhorado seus resultados a cada ano e o adiamento das competições, num primeiro olhar, foi vantajoso, mas o isolamento trará uma grande desigualdade de condições para a próxima temporada”, concluiu Neilton

Rafael Zito

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