Brasil fecha o dia do atletismo com três ouros e uma prata em Lima

Equipe brasileira sobe no lugar mais alto do pódio três vezes no dia do Atletismo nos Jogos Pan-Americanos

Brasil dourado! No quarto dia de provas do atletismo nos Jogos Pan-Americanos de Lima, o país saiu com três medalhas de ouro e uma prata. Nesta sexta-feira (09), os destaques ficaram com as equipes de revezamento 4x100m, masculina e feminina, e Ederson Vilela, que colocou o país no lugar mais alto do pódio nos 10.000m

Dominante desde o início, a equipe brasileira do revezamento 4x100m masculina conquistou o ouro nos Jogos Pan-Americanos de Lima. Rodrigo do Nascimento, Jorge Henrique da Costa, Derick Silva e Paulo André tiveram uma prova quase perfeita e levaram o país ao lugar mais alto do pódio ao terminaram com o tempo de  38.27s. Completaram o pódio Trinidad e Tobado, com 38.46s e os Estados Unidos ficaram com o bronze, com 38.79s.

Wagner Carmo/Panamerica Press/CBAt

“O segredo na nossa equipe é a união, o treinamento e a dedicação. Viemos aqui para defender nosso título do Mundial de revezamento, conseguimos. Agora temos um título do Pan-Americano para defender, que vamos para o Campeonato Mundial de Doha para defender. Tudo isso mentalizando o objetivo que é Tóquio”, comentou Paulo André

Não deu pro cheiro! Andressa Moreira, Vitoria Rossa, Lorraine Martins e Rosangela Santos levaram o Brasil para o lugar mais alto do pódio. Depois de uma primeira parte prova um pouco abaixo do esperado, com a troca de bastão um pouco demorado, as brasileiras cresceram na reta final e deixaram todos as adversárias para trás vencendo a prova com 43.04s. A prata ficou com o Canadá, que fechou com a marca de 43.37s e o bronze foi das americanas com 43.39s.

Alexandre Loureiro/COB

“Foi um resultado que escapou no Mundial de revezamento. Hoje conseguimos fazer uma boa prova e ficar com o ouro. De acordo com as condições do dia, por ter mesmo assim conseguido fazer o melhor tempo do ano, isso mostra pra gente que estamos no caminho certo”, comentou Rosangela.

Que prova de Ederson Vilela nos 10.000m masculino! O brasileiro, que não era cotado entre os favoritos da prova, passou as duas primeiras voltas entre os últimos colocados. Depois, Ederson acelerou e passou algum tempo dentro do grupo dos oito melhores, Na segunda metade da prova, o atleta do Brasil subiu um pouco mais na classificação e passou a correr entre os cinco primeiros, mas o melhor estava para o fim.

Faltando quatro voltas para o fim, Ederson se colocou entre os três e acelerou, assumindo a ponta da prova. Como faltava cerca de 1.5km para o final, o sprint do brasileiro poderia ter acontecido cedo demais. Contudo, o atleta do Brasil soube sustentar a ponta e nos últimos 400m ainda teve gás para abrir mais a vantagem, cruzar a linha de chegada com 28:27.47s, o melhor tempo de sua vida. Completaram o pódio os americanos Reid Buchanan e Lawi Lalang, em segundo e terceiro respectivamente.

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“Eu estava muito bem preparado. Nos 5.000, eu também estava preparado, errei a estratégia e os corredores de 1.500m me passaram, mas acabei aprendendo. Hoje me coloquei entre os cinco e faltando três voltas sabia que eu iria chegar, mas só tive certeza da vitória quando olhei o telão, faltando uns 80m, e vi a diferença, sabia que ninguém iria me pagar”, comentou Ederson ao fim da prova.

Após a cerimônia de premiação, já com sua medalha no peito, Ederson Vilela recapitulou como foi toda a prova dos 10.000m masculino nos Jogos Pan-Americano de Lima e disse que perder a prova dos 5.000m, da forma como aconteceu, foi importante para a conquista do ouro.

“A prova só termina quando cruza a linha de chegada, todos que começaram tinham condições e fico feliz de ter sido eu (que ficou com o ouro). Eu errei a estratégia nos 5.000m, mas a prova foi um passo importante na conquista de hoje. Depois de sete, oito voltas (na prova dos 10.000m), você entra no automático e hoje foi assim. Nesse momento eu pensei que poderia vencer, mas faltando três voltas eu tentei desgarrar e o queniano naturalizado americano veio comigo e esperei um pouco. Faltando 1000m era a hora e fui com tudo”, comentou o brasileiro após o pódio.

Nos 200m rasos feminino, Vitoria Rosa fez a prova da vida. Largando e correndo na mesma toada da jamaicana Shelly-Ann Fraser-Pryce, que é a atual bicampeã olímpica e tricampeã mundial dos 100m, a brasileira sempre se manteve entre as primeiras colocadas. Na reta final, bastou apertar o ritmo, cruzar a linha de chegada com o tempo de 22.62, a melhor marca de sua carreira, para ficar com a prata. A velocista da Jamaica foi ouro, quebrando o recorde dos Jogos Pan-americanos, com 22.43s e Tinya Gather, de Bahamas, ficou com a medalha de bronze, com 22.76s.

Wagner Carmo/Panamerica Press/CBAt

Nas semifinais dos 110m com barreiras, o Brasil garantiu os dois atletas na decisão. Gabriel Constantino controlou sua bateria, forçando no início, abrindo uma vantagem e segurando no fim, com o tempo de 13.42s. Ao fim da prova o brasileiro mancou um pouco, por conta de câimbras. Já Eduardo de Deus foi o terceiro colocado na sua série, com a marca de 13.63s, pegando a última vaga direta para a decisão.

Wagner Carmo/Panamerica Press/CBAt

Brasil fora do pódio

Na decisão do Lançamento do Dardo feminino o Brasil ficou fora do pódio. Laila Ferrer teve como melhor resultado do dia sua primeira tentativa, quando alcançou 59.15m, sua melhor marca na temporada, que a deixou na quinta colocação geral. Já Rafaela Gonçalves teve como melhor resultado o 50.59m, também de seu primeiro lançamento, e foi a 12ª.

Na final dos 1500m feminino, o Brasil também ficou fora do pódio. July Ferreira da Silva ficou para trás na prova ainda na primeira volta, não tendo como reagir no restante do tempo e ficou com a oitava colocação, com o tempo de 4:19.25s. O pódio  foi composto por Dominique Hiltz, dos Estados Unidos, em primeiro, a jamaicana Aisha Praught, em segundo, e a americana Alexa Efraimson foi bronze.

No salto em altura masculino, Fernando Carvalho acabou perto das medalhas. Depois de um começo muito bom, sem errar tentativas até 2.21m, o brasileiro caiu de rendimento. Nas três alturas seguintes, Fernando passou a errar, até não conseguir superar os 2.28m e terminar a prova na quarta colocação.

Paulo Chacon

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